Nina
A casa de tia Ava era como eu me lembrava, grande e de gente rica, da entrada até a casa havia uma caminho de 7 minutos de caminhada e 2 minutos de carro.
Mas isso não importava, ao meu ver riqueza não era tudo, afinal minha amada e amorosa tia era rica, porém desmiolada, não que isso signifique nada, mas...
Tudo no interior da casa remetia a lobos, havia uma estátua de um lobo no jardim, quadros de lobos, eu me sentia num recanto ou melhor em um refúgio de lobos.
A casa era fria, assim como a cidade, que era bem acolhedora e aconchegante ao contrário de seu clima.
Minha tia apesar de tudo era uma mulher inteligente e sábia, repito quando não se tratava de lobos é claro, ela notou que eu precisava de espaço e me deu isso, pediu a um dos empregados a me acompanhar até meu quarto, a empregada em questão era Olivia, pessoa que agora seria uma babá, alguém que atenderia todas as minhas necessidades na casa, responsável pelas refeições e até para preparar meu banho, isso de acordo com minha tia, que me explicou brevemente, indo se recolher afirmando uma falsa dor de cabeça.
Ela deve ter alertado Olívia sobre minha necessidade de espaço, enquanto fui beber água,pois está falou poucas palavras como :
- Caso a senhorita necessite de algo disque, o meu número, no telefone que está em cima da cabeseira, junto a ele vai encontrar um iPad com um guia de todas as informações, como horários, e um guia sobre sua nova escola, estarei em meus aposentos, com licença.
Disse sem nem me dar chance de dizer que detesto formalidade e que a essa hora não incomodaria ninguém, já era em torno das 10 p.m e eu como a velha que sou, já acho isso tarde.
O quarto era enorme, havia tudo que eu precisava e muito mais, o closet nem se fala, repleto de roupas novas e também de gente rica, no centro dele havia um manequim com o lindíssimo uniforme que eu usaria amanhã de manhã na nova escola, o uniforme era estilo colegial, no banheiro que surpreendentemente, sendo irônica, também era gigante. Optei por tomar banho no chuveiro e não na banheira de vidro e madeira, que estava mais para ofurô, terminei o resto da minha higiene, e fui direto para a confortável cama, pegando o iPad, e vendo fotos da escola, que adivinhem? Era de rico.
Fiquei passando informações do meu antigo e desgastado celular para o novo, até dormir.
Ao chegar a escola, me senti perdida e deslocada, já na sala de aula, percebi que fui uma das primeiras a chegar, e ao perceber a chegada das pessoas vi que a sala tinha bastante gente, e entre rostos desconhecidos que me encaravam sem nenhum pudor, entrou um senhor de cabelos grisalhos magro, e de aparência cansada, ele não tinha mais de 50, conclui que tinha uma vida cansativa por isso os tufos brancos em sua cabeça, só poderia ser de exatas... sem esteriotipar,já estereotipando.
Ouvi um psiu atrás de mim, mas não me atrevi a virar com receio de não ser para mim, mas ao sentir alguém me cutucar tive certeza que era.
- Eii, prazer Erick - Disse o ruivo bonito sorridente.
- Sou Nina...
- Aluna nova? Deve ser difícil - Sorriu amigável
Respirei aliviada, por alguém falar comigo, e relaxei na cadeira.
- Sim, meus amigos ficaram para trás.
- Humm entendo, boa sorte! - E se voltou para seu caderno.
Virei acanhada pelo curto diálogo, bufando e pensando se disse algo errado, para ele se desinteressar por mim tão fácil.
O professor ia dar o início a aula, quando pareceu ter se lembrado de algo.
Descobri que era de alguém e não de algo, quando discretamente apontou pra mim, e disse:
- O diretor me avisou de sua chegada, Nina nas primeiras aulas sempre peço que os alunos falem seu nome, idade e se tem alguma ocupação ou hobbies fora da colégio, a senhorita poderia fazer isso por favor? Aliás sou Gerrard Falcon...
- Claro ... Bem como dito sou Nina, Nina Fallon - Nesse momento ouvi burburinhos, era o mesmo sobrenome da minha tia, como ela era bem conhecida julguei que fosse isso , então continuei - Eu tenho 17 anos e durmo profissionalmente - Nesse momento ouvi várias risadas, e soltei um sorriso de canto satisfeito, aproveitei para olhar os rostos melhor e parei num olhar negro que não emitia emoções, era também o único que não sorria, e parecia com raiva, seus olhos estavam grudados nos meus, até que o professor pediu que eu me sentasse e assim o fiz.
A aula como presumi, era de Álgebra e ocorreu como eu imaginava, uma palavra que defina : CHATA.
Eu era boa em matemática, mas odiava, vai entender...
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O meu alfa
Manusia SerigalaNina é uma garota cética que não acredita nas histórias que contam na cidade de sua tia, quando seus pais desaparecem misteriosamente, a jovem de 17 anos, é obrigada a viver com sua tia Ava, desde então coisas estranhas começam acontecer na velha Br...