Eu desci do 7 andar e fui até o hall do prédio, o Mike está assustador, os olhos deles estão fundos e eu sei que suas intenções não são as melhores, eu precisava de ar, não sei se consigo passar 2 dias naquele cubículo e a última coisa que eu quero no momento é um incesto.
Resolvi andar um pouco pelo hotel até que...
-Senhorita Madsdatter?
-Sim, quem é o senhor?
-Um velho amigo da família.
-O que quer comigo?
-Desculpe, não me apresentei direito, meu nome é Maycon Collin, te peguei no colo quando era uma niña.
-An hã. Respondo em seco.
-Eu era o advogado do seu pai.
Eu não respondi, continuei calada, estava surpresa, apavorada talvez.
-Pela sua expressão, acho que a senhorita não me reconhece.
- É, não.
-Você deve ter muitas perguntas, estou certo?
-Sim, está.
-Mas, eu infelizmente não tenho as respostas.
Esse senhor só pode estar de brincadeira comigo.
-Já acostumei com o vazio das minhas perguntas sem respostas, ou sem nexo como muitos dizem.
-Mas eu tenho algo que pode te ajudar, ou ao menos fragmentos de um quebra-cabeça, gosta de quebra-cabeças senhorita?
Ele deveria trabalhar num circo. Palhaçada.
-Não, não gosto.
O senhor me entregou um envelope e saiu em meio ao nada que estava em nossa frente. Eu não queria voltar para o quarto então jantei no restaurante do hotel mesmo, apesar de estar sem fome.
-O que vai querer ninã bonita?_Perguntou um garçom que parecia ser holandês.
-Um cappucino e um quiche, por gentileza.
-Já trago o seu pedido.
Até agora estou me perguntando o por quê de todos começarem a me chamar de "niña". Meu foco mudou completamente ao olhar a TV e ver um caso de assassinato recentemente descoberto. Resolvi pegar o envelope que o "advogado" havia me entregado.
"Caso encerrado de Jack Madsdatter"
Eu comecei a ler rapidamente sem piscar um olho e sem deixar escapar nenhum mínimo detalhe, até que fui interrompida pelo garçom, sim eu fiquei com vontade de matar ele, mas a fome falava mais alto.
-Obrigada.
Continuei lendo até que...
-Droga! Gritei em meio ao restaurante.
Aquele documento além de não ter nada era FALSIFICADO. Percebi isso porque o nome da minha mãe estava escrito errado e no nosso sobrenome faltava um t.
Resolvi subir para tomar um banho e me horrorizei com o que vi. Ali, bem diante dos meus olhos, algo assustador e repugnante, ao menos para mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Caso (não) Encerrado
AdventureOlá, meu nome é Katherine Madsdatter mas... Todos me chamam de "A louca" ou até mesmo "A esquizofrênica", acho que a minoria das pessoas sabe o meu nome de verdade, tenho um irmão chamado Mike, ele é dois anos mais velho que eu e odeia andar junto c...