Penso em nós
E perco nas entrelinhas do destino
Não vou fugir, eu me permitoÉramos o berço da humanidade
Mas perdemos nossa humildade
Vendemos nossa cultura
E compramos o que não queríamos em outra alturaEra para ser o berço
Mas ao que vamos chamar de berço?
A um continente em que a vida tem preço
E a corrupção se estende de pressa?Escondemos a nossa esmola ao mendigo
E demos nossos bens aos ricosChamamos de berço um continente
Que não oferece condições para que tenhamos crianças contentesQue tipo de berço é esse
Onde o irmandade
Se perde na calamidadeGritos de desespero ecoam por todos os cantos
Eu não sei mais o que de te esperar
Ou África
Minha terra
Minha mãeTerra que me viu nascer
Terra que me quer ver morrerHoje me perco nas lembranças
Do meu tempo de criança
Com os pés descalços sobre a terra
Sem medo nas pedras que me cercavamBrincamos ao som de lindas canções canções
Que vinham dos nossos velhos em seus lindos coraçõesHoje só vejo a devastação
O solo ficou seco
E não a esperança na nossa geração
Já não se brinca ao ficou
Foram os privilégios que o tempo nos tirouQueria eu saber
Como chamar de berço
A um lugar que se tornou um aterro
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Uma Menina Que Não Se Acha Poeta
PoetryPoemas, Reflexão e Vida Uma menina que procura através de cada texto expressar sua alma. Que cada texto te leve ao encontro de sua alma, que eu possa fazer você flutuar em reflexões. Acredita, fazendo e vivendo