Estavamos sempre as duas, deitadas na cama ou sentadas na sala olhando para o nada
Conversávamos sobre diversos assuntos
Mas numa hora perdíamos o rumoSe instalava uma solidão profunda, hora por não ter nada para fazer
Hora por não saber o que dizer
Sempre tentamos ao máximo nos consolar rindo de besteiras, contando piadas estúpidas mas era impossível não cair no tédioSem o cartão da zap, sem telefones, sem redes sociais, sem nenhuma ligação, sem um boda, sem nenhum convite para sair
Só nos restava aceitar nossa realidadePorque nunca fomos pessoas que vivem na ostentação e não que quisemos ostentar
Só queríamos sair dançar um pouco beber uns copos, ver um filme ou comer alguma coisaNada disso nos era possível
Nossa condição não nos permitia
Aceitamos a solidão
Era a nossa solidãoDeitadas em nosso quarto conversando sobre a vida em nossa cama antiga, era o melhor que tínhamos a fazer nossas escolhas eram poucas
Sem dinheiro nem para comprar a recarga da zapSó podemos nos perder em mais um capítulo de amor eterno, ou em um filme antigo no blast
Mas nem isso podíamos, o tédio acentou de uma forma forte
Tanto que tentamos fugir dele maad ele fez moradia.Mas uma vez deitadas nosso quarto
Na nossa cama antiga nos colocamos em conversas repetindo os mesmos assuntos rindo das mesmas besteiras
Contando as mesmas piadas acho que tudo que queríamos era não perder nossa sanidade.Aceitamos em fim nossa realidade monótona
Era a nossa solidão
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Uma Menina Que Não Se Acha Poeta
PoesiaPoemas, Reflexão e Vida Uma menina que procura através de cada texto expressar sua alma. Que cada texto te leve ao encontro de sua alma, que eu possa fazer você flutuar em reflexões. Acredita, fazendo e vivendo