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Ao ouvir sua voz tão próxima de mim e claramente com um toque de arrependimento fez meu coração se apertar. Deus como eu queria perdoá-lo. Queria muito.

Não conseguia desviar meu olhar do dele. Aqueles olhos cor de mel me chamavam para cada vez mais perto.

Sinceramente, a história toda tinha sido esclarecida, eu não precisava mais sofrer.

Deixei meu coração tomar essa decisão que estava me sufocando por dentro.

- Eu perdoo - digo bem baixinho e com o coração acelerado

A tristeza e preocupação que antes estavam claras em seu rosto somem e a agora a alegria é complemente visível.

Ryan rapidamente me puxa para um abraço com muita saudade. Céus como eu senti falta desse abraço.

Seus braços rodeavam minha cintura e sua cabeça estava enterrada em meu pescoço. Com meu rosto encostado em seu peito consigo sentir seu cheiro me invadir. Aquele aroma de sabonete caseiro me deixava intoxicada. Eu não queria soltá-lo nunca mais.

Ele levantou seu rosto e me olhou fixamente, seu olhar desceu para meus lábios e nossos rostos automaticamente se aproximaram. Meus olhos se fecharam calmamente e logo senti o calor de seus lábios nos meus.

Se eu falasse que não estava gostando disso tudo, estaria mentindo com certeza.

O beijo começou romântico e doce, mas logo foi se tornando algo necessitado, cheio de desejo e saudade. Minhas mãos percorriam pelos seus cabelos. Uma de suas mãos foi para meu rosto, ele empurrou meus cabelos e fez carinho em minha bochecha. Sua outra mão apertava minha cintura e me puxava para mais perto. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente, não havia sequer um espaço de fora.

Beijá-lo depois de tanto tempo era quase surreal. Parecia como se o mundo tivesse parado e só existisse nós dois.

Conforme a intensidade que o beijo estava indo, suas mãos foram para a barra da minha blusa e ao tentar levantar a peça eu tomei consciência do que estava acontecendo e parei o beijo. Eu o havia perdoado, mas por enquanto não estava pronta para coisas a mais, ainda não.

Ryan me olhou um pouco preocupado.

- Me desculpa, eu fui longe demais - ele disse se separando de mim

Por um segundo senti falta do nosso contato.

- Ei - me aproximei e coloquei minhas mãos em seu rosto o fazendo olhar para mim - Tá tudo bem, não precisa se preocupar.

Dei meu melhor sorriso tranquilador. Ele me abraçou e eu percebi que seu abraço era o melhor do mundo.

O resto do nosso dia se resumiu em assistir filmes agarradinhos no sofá e comendo muitas porcarias.

As vezes ele me roubava um beijo aqui e ali. Eu não conseguia tirar o sorriso do rosto, um sorriso feliz e sincero, que a muito tempo eu não via.

O idiota do acampamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora