Kai sofria com a falta de emprego decente, tendo conseguido apenas um "bico" no posto vinte e quatro horas. Posto esse que estava prestes a ser assaltado...
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Ao viajar para a capital, não tinha nada disso que acontecia em mente. Era um dançarino nato, mais puxado para os passos baléticos, mas ainda assim um ótimo dançarino. Acontece que nem todos viam assim, suas esperanças em debutar em uma grande empresa foram por água abaixo, por conta de comentários superhiperultramega negativos o colocando de cachorro abaixo, tudo por ter passado mal de nervosismo e acabar fazendo uma audição ruim. Quem poderia imaginar que Kim Jongin, detentor do mais puro talento, iria fracassar e ter que trabalhar num posto de gasolina? Pois é, nem ele imaginou!
Passava nas estantes, atento a validade dos produtos e a condição de sua embalagem. Com uma caderneta em cima do carrinho de limpeza, anotava todos os detalhes importantes no qual via necessidade de relatar ao seu chefe. Aquela hora da madrugada, poderia realizar as tarefas tranquilamente, já que o movimento era baixo.
Ouviu o sininho da porta do estabelecimento tinir. De início não deu importância, até ouvir mais e mais vezes, sem parar. Virou rápido para ver o que estava acontecendo, o coração acelerado e tomando pelo medo parecia pular do peito.
Várias armas estavam apontadas para si. Era um assalto.
[...]
De joelhos, encarando o chão, Jongin pensava em qual dos pecados que cometera o levou a tal martírio. Não se lembrava de um tão ruim assim!
—Ora, se não é o todo gostoso Kai... —deu um suspirar pela nostalgia e prosseguiu —Não precisa se assustar! É um prazer o ver novamente.
No chão, o dançarino se esforçava ao máximo para lembrar de tão enigmática voz, já que ainda não tivera coragem para encarar o sujeito.
Suspirou mais uma vez, agora por impaciência à teimosia e relutância de Jongin. Abaixou-se e levantou com brusquidão o rosto do moreno, para que esse o olhasse.
Com os olhos arregalados pela surpresa, pode constatar que realmente reconhecia tal voz e, principalmente, tal homem. Lee Taemin.
"Depois do fracasso na audição, seus únicos amigos o levaram a uma boate para curtir um pouco e se livrar do trauma e estresse a base de álcool. Baekhyun e Kyungsoo podem não ser tão presentes -por causa do trabalho corrido que tem-, mas nunca deixam seu ursinho Kai na mão quando ele mais precisa. É para isso que amigos servem, certo?
—Vamos encher o cu de álcool. —Kyungsoo gritou, por conta do som estourando na caixa.
Mal sabia o coitado que isso iria acontecer com o seu amigo. Literalmente.
[...]
Um homem magro, um pouco mais baixo que si, vinha rebolando em sua direção com um olhar animalesco. Com reboladas e gingado inegável, esse o rodeou até chegar a sua costa, puxou sua cintura e colou seus corpos.
—Que pegada gostosa...—falou quase num gemido.
—Lee Taemin, ou apenas Taemin. —Disse simplista —Uma pegada de qualidade para um moreno todo delicioso.
