Ascensão Dos Antigos

Sonho ou Realidade?

Mantenho os olhos fechados, eu só quero parar de pensar neste pesadelo e conseguir me acalmar. Também não quero dormir no escuro depois daquilo...

Acabo pegando no sono novamente, para a minha sorte eu não tenho mais nenhum outro pesadelo está noite.

Acordo assustado com o despertador tocando, avisando que já são sete horas da manhã.

– Que droga... – Falo com uma voz sonolenta, bocejo logo em seguida e esfrego os meus olhos.

Levanto da cama com certa preguiça, subitamente sinto uma forte pontada na cabeça e ranjo os dentes.

– Ai! – Sinto outra pontada na cabeça e a esfrego, ela agora começa a doer sem parar. –

Ótimo... Agora estou com dor de cabeça - digo já praguejando a minha falta de sorte.

Sinto a minha visão ficar meio embaçada, como uma câmera saindo de foco. Volto a me sentar na cama com as mãos no rosto e fecho meus olhos com força. Começo a ouvir vozes de pessoas que pedem misericórdia e depois também consigo ouvir o som de vários disparos de armas. Abro os meus olhos e volto a enxergar normalmente, porém não estou mais em meu quarto, agora estou de pé em um estacionamento, com uma faca suja de sangue em minha mão, percebo que também estou sujo de sangue.

– Bom trabalho! – Consigo ouvir alguém falar comigo e olho para trás, vejo Tiberius se aproximar de mim com um sorriso estampado no rosto. – Esses eram os últimos.

Olho para trás dele e há vários corpos jogados no chão, homens com máscaras estranhas carregam armas como AK-47 e M16, eles devem ter executado aquelas pessoas. Me viro para frente de novo e vejo que há dois corpos perto de mim, dois homens, um deles estava com um corte no pescoço e o outro com um ferimento no peito, exatamente na altura do coração. Não consigo ver seus rostos, pois estão completamente deformados. Minhas mãos começam a tremer e sinto uma mão em meu ombro.

– Calma, está tudo bem. – Fala Tiberius. – Uma hora você vai se acostumar com isso. Vai chegar uma hora que você nem vai sentir nada ao fazer isso.

Concordo com a cabeça.

– Vamos, Blair está nos esperando.

Sigo ele e sinto a minha visão embaçar de novo, pisco rapidamente para tentar focar, porém, quando finalmente minha visão volta percebo que estou de volta no meu quarto.

Esfrego a minha cabeça sem parar, as pontadas eram frenéticas e fortes agora.

O que acabou de acontecer? Porque isso está acontecendo comigo? E porque aquele homem de uniforme militar não estava me olhando com ódio igual no pesadelo?

– O que está acontecendo comigo? – Pergunto a mim mesmo, enquanto mantenho os olhos fixos no chão.

Fico esfregando a minha cabeça e sinto as pontadas diminuírem, até pararem completamente. Olho ao meu redor, eu estão assustado, em pânico. Eu não faço idéia do que acabou de acontecer ou o que eu acabei de ver.

Será que eu não estou tendo outra alucinação?

Fico encarando o meu quarto com muita atenção, ele está meio bagunçado, mas parece estar tudo normal. Tem algumas roupas sujas no chão, a minha faixa verde de Hapkido está jogada em cima da escrivaninha, o meu quimono está pendurado em cima da cadeira, e o meu notebook estava aberto em cima da mesinha. O meu quarto está uma completa bagunça, porém não está tão ruim assim na minha opinião. Embora minha mãe pense diferente e já tenha me mandado limpar ele várias vezes.