Capítulo 2

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Dia de "Finalmente"aula


Espero que esta história os atraia até mesmo nos piores momentos das amiga, pois nem tudo são flores (infelizmente), e que gostem da história em si. Bjs 😘. *Boa Leitura.


Amy abriu os olhos, e virou o corpo para o lado do criado mudo, e com a mão, tentou acertar o botão de desligar do despertador, sem sucesso. Seus olhos ainda não conseguiam distinguir onde estava cada coisa, e ela teve de força-los a enxergar alguma coisa, que para quando levantasse, não acabasse tropeçando em algo espalhando pelo chão.
Se ergueu e caminhou em direção a porta, a abrindo e passando pela mesma. No corredor, passou em frente ao quarto 6, e direcionou rapidamente o olhar para a porta, quando a mesma foi aberta, e sua amiga e o colega passaram pela mesma, ficando de frente para ela. Sorriam de forma divertida, e Amy apenas fitava ambos, com uma sobrancelha erguida.
Joana olhou para a amiga, e alargou mais ainda o sorriso, e o garoto apenas encarou Amy, com bochechas coradas.
- Oi Amy. Como vai?
Amy negou com a cabeça e um sorriso estava estampado nos lábios quando disse:
- Pelo visto já está acostumada sem mim.
Jo franziu o cenho.
- Não. Já está com ciúmes?-interrogou, com uma pontada de divertimento no olhar.
Amy negou, e continuou a caminhar em direção a escadaria, sem olhar para trás, deixando Joana irritada, e o colega de quarto confuso.
Ela também caminhou em direção a escadaria, com pressa, a descendo e quase caindo.

Amy adentrou o banheiro, e ligou o chuveiro, deixando que a água fria caísse sob o rosto e depois sob o corpo, e deixou que novamente as lágrimas caíssem.
Estava colocando o uniforme quando recebeu uma chamada de sua mãe, e hesitante, atendeu.
- Mãe? O que quer? Não. Tenho que ir. As aulas começam em pouco tempo, ou seja, tenho que ir. Tchau.-desligou sem sequer deixar sua mãe responder, com um aspereza que nunca ousaria usar para falar com alguém que amasse.
Ela amarrava os tênis, enquanto sua mente vagava  pelo breve pensamento sobre quando sua mãe a chamou de idiota por ela tê-la deixado, quando se mudou para São Paulo, em busca de emprego em arquitetura. A mãe a havia se desculpado, mas não adiantara. Amy nunca perdoaria a mãe pelo que ela fez depois.
Fechou o olhos levemente com um suspiro, tentando afastar os pensamentos sobre aquela semana, e se ergueu, abrindo a porta com a intenção de ir a sua classe, mas parou, quando percebeu que seu colega de quarto ainda estava na cama.
Com certeza ganharia suspensão pensou, enquanto caminhava em direção à cama do mesmo, com semblante franzido. Com hesitação, tocou o ombro do mesmo, mas nada aconteceu. Então, percebeu que ele dormia, com um sono muito pesado e uma respiração calma. Ela lembrou dele na manhã anterior, se encolhendo contra os cobertores e contra a cama, assustado por ela tê-lo tocado.
Será que ele possuía algum passado ,com algum crime imperdoável? Será que ele tem trauma do passado? Às várias perguntas percorriam sua mente, o que a deixava extremamente curiosa e receosa por querer descobrir.
Ela estava tão presa à devaneios que sequer percebeu que o garoto abriu os olhos, e direcionou seu olhar imediatamente à ela, surpreso.
Quando ela baixou o olhar e o percebeu a encarando, sorriu, mas o garoto parecia....em choque?
Ela franziu o cenho, voltando seus olhos para o celular, já em mãos. 4:45. Suspirou, e o olhou.
- Esta na hora de irmos para à aula. Você precisa se arrumar.
Disse, desajeitada, enquanto ele fazia o movimento de se espreguiçar na cama, com parte do corpo saindo debaixo das cobertas.
Ela se virou, e o ouviu retirar os cobertores, e se espreguiçar, enquanto ela abria a porta e caminhava em direção ao corredor, chegando em frente a seu armário escolar de metal, é suspirava, girando a tranca e colocando a senha. Abriu a porta e retirou os livros de História, e caminhou em direção à uma sala, tendo a atenção de todos na sala.
- Ha-Han...a aula de História é aqui?
O professor presente se balançou para frente, sério, enquanto os alunos riam.
- Não, senhorita...?
- Amy. -sentiu suas bochechas quentes, e sabia que já estava corada.- É na sala 6. No fim do corredor, à esquerda.
Ela agradeceu, e enquanto se afastava da sala, ouviu murmúrios e risos, e o professor pedindo educadamente silêncio.
Seguiu em direção onde o professor havia dito, e virou, esbarrando em alguém.
Ergueu o olhar para a pessoa, dando de cara com seu colega de quarto.
- Oh-Oh. Desculpa. Eu não vi-vi você. -disse, um tanto nervoso.
- Não, tudo bem...Eu quem deveria tê-lo visto.-olhou em direção a porta da sala, e desviou o olhar para o mesmo.- Você está perdido também ?
Ele assentiu, e ela parou para pensar.
- História?
Ele assentiu novamente, e ela sorriu.
- É nesta porta.-apontou para a porta atrás do garoto, e o mesmo se virou, e riu soprado.
- Não acredito que estava tão perto assim.
Sorriram e adentraram à sala, tendo a atenção de todos.
Ela sabia que por ser diferente, atrairia atenção...mas não imaginou a atenção de todos da escola.
A professora veio até eles, e olhou para ela  com um sorriso forçado.
- Olá, sou a professora Min Hayunk, de História e de Inglês, e espero que sejam bem-vindos à nossa escola, e para à estrangeira, à nossa civilização Sul-Coreana.-estendeu a mão para que sentassem, e sobrara apenas lugares um ao lado do outro.
Amy e o parceiro sentaram-se rapidamente, e fitaram a professora. Ela sentiu alguém cutucar se braço, e voltou seu rosto para à figura.
Sua amiga sorria, com o parceiro de quarto ao lado, também sorrindo para ela.
Oi.
Sussurrou para ela, e logo se voltaram para a professora, que já começara o conteúdo.
- A Coréia do Sul, à muito tempo atrás, fora um povo único e muito mais rigoroso. As mulheres não podiam se expor de forma física e verbal, e só obedeciam a seus pais e seus maridos, geravam filhos, cuidavam de seu reinado com seu rei, e cuidava das crianças para os próximos e futuros reis assumirem. Normalmente, o rei e a rainha de algum dos impérios, pensavam apenas em ter homem como herdeiro, pois assim, a filha de um camponês, de um humilde, seria escolhida como futura rainha, para ao lado de seu marido, ser" mãe" de família e trabalhar no Palácio.-com essa afirmação, Amy se obrigou à não dizer nada.
- Machistas. -ela pensou ter dito mentalmente, mas quando sua amiga virou para encara-la, ela teve de fazer o mesmo- O que foi?-sussurrou.
A gesticulou que ela olhasse para a frente, no mesmo momento em que a professora chamou sua atenção.
- O que você disse?
Ela fitou a professora, e as palavras simplesmente saíram.
- Eu acho que o Império daquela época...que a forma de reinar sobre determinadas terras, fosse uma forma machista. Um homem herdar dos pais um trono, e precisar de uma mulher para criar os filhos para aquilo novamente, e cuidar do lugar. As mulheres não precisam dos homens, mesmo que eles precisem dela. Um mulher não deve ser uma empregada, deve ser a mulher do homem, a parte não que completa ou que faz tudo, mas a parte que está ao lado, que anda junto, assim como o homem. Os homens podem ter filhos fora do casamento que saem ilesos, mas se a mulher o faz é vista de má forma dentro da sociedade. E na nossa idade, quando alguém é estuprada, o que fazem por nós? Ajudam? Talvez. Mas e pessoas mais velhas que nós? Nossas mães?-um silêncio tomou conta da sala, e muitas expressões de choque assumiram as faces esbranquiçadas.
Ela olhou para a amiga, que fez cara de desentendida, e depois ergueu o polegar, em sinal de aprovação.
Ela olhou para o outro lado, e percebeu que seu parceiro a analisava, em cada detalhe, como se ela fosse uma obra prima a ser estudada.
- B-Bem...Nossa sociedade mudou! Mas creio que os homens não precisavam de uma mulher por necessidade. Eles as queriam para assumir um lugar com eles no Império. -disse a professora, desamparada.

Então, o que será que acontecerá com ela depois disso? Quem ficará do lado dela? Quem vai se apaixonar por ela? E a amizade entre ela e Joana? Será que vai resistir ao tempo e as pressões da Universidade Coreana e a nova vida?
Tudo isso será esclarecido em breve.
Bjs. Comentem se gostaram. Curtam. Sintam-se à vontade.

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