Talvez

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Talvez eu seja a tempestade,
Um tormento que esmaga o coração.
Ou quem sabe eu seja a morte,
Que leva a felicidade para viver sem solidão.

Talvez eu seja um rouxinol sem canto,
Um carro sem motor.
Mas nessa vida de sofrimento,
Sou um ser humano sem amor.

Quem saiba eu seja o relâmpago,
Menos temido que o trovão.
E desse modo na vida real,
Destruo tudo que tem coração.

Mas eu posso ser tudo.
Tudo menos o "Talvez",
Pois nessa vida de tormentos,
Tudo em mim se desfez.

Se desfez em cinzas dolorosas,
Que esmagam o peito com vontade.
E desse ser que me sonda,
Tudo termina em saudade.

Eu só queria sorrir,
Mas talvez seja proibido.
E nesse rumo sem vida,
Tudo em mim é dolorido.

Talvez eu fosse um ser angelical,
Que pegou na mão do seu amor.
E de tormentos por fim,
Tornei-me um destruidor.

Mas agora só acredito no meu "Talvez".
Creio que ele é o único sonho que tive.
Pois foi o único que fez,
Eu ir onde nunca estive.

Mas já não tenho coração
Meu mundo é só de esquecimento.
E o talvez não é certeza ou negação,
Apenas uma pausa no sofrimento.

SaudadesOnde histórias criam vida. Descubra agora