Os olhos

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Meus olhos não abrem
Há cem anos pequenina
Eles apenas ferem
Meu coração doce menina.

São tão lindos e sofredores
Que suas pupilas dilatam
Ao ver belos amores
Que destroem, ferem e matam.

enxergo escuridão
suspiro em desamor
E acredito que o coração
Nasceu para colher dor.

E tão cego de pesar
E tão longe de seus passos
Busco sempre alcançar
O calor de seus braços.

E tão cego e esquecido
Sim, aos poucos morrerei
Pois de ser tão peregrino
Apenas o túmulo encontrei.

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