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Camila Mancini Ferrari, 18 anos, quando criança tinha uma vida maravilhosa ao lado de seus pais, até que, com a trágica morte de helicóptero de seu pai e mais tarde a traição da família dele, se vê sem rumo com a sua mãe, dependendo da ajuda de...
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– Ainda não acredito que vamos ter um irmao ou irmanzinha. - Comento ainda um pouco surpreso com a notícia que tivemos minutos atrás.
– Nem eu. É como se eu estivesse sonhando. Eu estou muito feliz, mas ainda estou preocupada com tudo isso. – Camila comenta olhando para baixo e depois desvia o olhar para mim.
Desde que voltamos para o seu quarto, a surpresa em nossas caras ainda não desapareceu.
– Eu sei. Também estou feliz, mas como você disse, essa notícia que a gravidez da Isa é de alto-risco, me deixou um pouco desconcertado. Porém eu sei que vai dar tudo certo. – A abraço e afago o seu cabelo. Eu que não sou filho, estou preocupado com a saúde dela e o do bebê, imagina a minha namorada que é sua filha.
– Eu espero. Eu tentarei ajudar a minha mãe no máximo que eu puder, não quero repetir aquele momento doloroso novamente. – Ela fala a última parte um pouco baixo como se comentasse somente para ela, porém foi nítido para que eu escutasse.
– Momento doloroso? – Pergunto um pouco surpreso.
Ela se afasta um pouco de mim e me olha assentindo.
– Antes do meu pai morrer, a minha mãe ficou grávida novamente. Ela estava radiante de felicidade como todos nós. Eu estava muito animada que finalmente teria mais uma companhia, eu estava muito ansiosa para que o bebê nascesse o mais rápido possível. – Ela sorri triste olhando para as mãos e continua. – Porém, quando o meu pai morreu, a tristeza foi tão grande que o bebê não aguentou, porque ela não se alimentava bem, vivia deitada e raramente saía, só fazia isso quando os meus tios a obrigavam ou quando deveria fazer algo por mim. Tudo isso foi agravando a sua saúde e claro, também a do bebê e no final, ele não resistiu. - Ela limpa algumas lágrimas que caem e sinto o meu coração doer por vê-la assim, sem pensar em mais nada volto a abraçar-la para dar um pouco de conforto, sabendo que eu não conseguirei fazer com que essa lembrança triste seja esquecida por ela, já que é algo que marcou a vida dela e de sua mãe.
- Eu nem consigo imaginar o quanto vocês sofreram e o quanto doeu ver a tua mãe dessa maneira enquanto você também estava sofrendo pela morte do teu pai. Eu quero que saiba que tentarei de tudo para ajudar-la e você também, eu estarei ao teu lado te dando forças enquanto você dá forças à tua mãe. Faremos isso juntos. - Acaricio o seu cabelo enquanto ela me abraça forte.
- Muito obrigada Ben. - Ela se afasta um pouco para me olhar e se aproxima de mim me dando um breve selinho.
- Não tem o que agradecer Mila, acima de tudo, agora somos uma família e precisamos ajudar uns aos outros. - Sorrio fraco e ela faz o mesmo assentindo.
- Você está certo. Obrigada novamente. - Sorrimos.
- E então, acho que é melhor deixarmos o assunto do namoro para um momento mais adequado não acha? A tua mãe não precisa de mais emoções fortes depois dessa. — Ela me olha e assente, concordando com as minhas palavras.
