Larissa
Acordei com o alarme, levantei tomei um banho e vesti o uniforme, eu fui no refeitório, tomei um cappuccino e pão de queijo, que eu amo inclusive, a minha primeira aula seria de ciência, eu amava o professor, a primeira aula passou a segunda e a terceira também, até que foi bem rápido, fui até o refeitório e sentamos na mesma mesa de sempre e as mesmas pessoas de sempre mais chegou um menino novo que eu não esperava ver tão cedo e ele estava junto com a Bianca;
— meninas eu queria apresentar o Félix, ele é meu namorado –ela se aproximou da mesa e eu somente levantei meu olhar e abaixei novamente, não dando muito a mínima
— você namora? Gente que gracinha – Maria disse empolgada – Larissa, cumprimenta o garoto
— oi Félix – disse seca e as meninas me olharam
— Larissa parece que não gostou muito do Felix.
— realmente não gosto e ele sabe o motivo – Bianca olhou pra ele e depois me olhou de novo
— qual é o motivo? – Maria perguntou curiosa e eu me espantei com tamanha falta de atenção
— ele vai saber responder – me levantei e peguei minhas coisas – vou pegar meus materiais, preciso estudar
digo saindo de lá, coloco as coisas no lixo e vou até uma árvore e fico la sentada, Félix era meu primo, a gente era próximo ate ele engravidar minha irmã adotiva, claramente meu pai não aceitou nem um pouco isso e mandou a Brenda para fora do Brasil, eu não sei onde ela se encontra ela nunca mais me procurou e eu sem saber do paradeiro dela nem resolvi ir atrás, sabia que poderia ser um tempo perdido;
— Oi – um garoto se aproxima e se senta do meu lado, ele era bonito
— Oi – eu disse tímida e ele sorriu – quer que eu saia?
— não, não precisa, eu sempre venho aqui pra relaxar, mas sua presença não me incomoda
— também to aqui esfriando a cabeça – sorri fraco e me escorei na árvore
— se quiser conversar eu estou aqui
— não é nada demais
Tá que ele era bonito, mas não é pq ele é bonito que eu vou me abrir ali com ele e contar todos os meus problemas como se ele fosse um psicólogo
— bom meu nome é Marcos, e o seu?
— me chamo Larissa
— nome bonito – ele deu um sorriso simpático e eu retribui
— Larissa, te achei – ela agachou e ficou na minha altura – bom o Felipe me ligou e falou que vai ter uma festa lá na favela no final de semana e ele mandou chamar as minhas amigas, ai eu to chamando, bora?
— claro, bora marcos? – disse olhando o garoto
— não sei, eu não me dou bem com o Felipe, meu pai tem um a dívida com ele e ele odeia toda a minha família
— sinto muito por isso
O sinal tocou e voltamos para a sala, o tempo passou voando, porquê eu dormi o quarto e o quinto horário, era geografia, eu odeio, dormi mesmo, o último horário da parte da manhã era física, eu ate que gostava um pouco.
Depois de um tempo o sinal tocou e fomos almoçar, eu sentei na mesa com todo mundo e o Felix também tava lá, não me importei, comi quieta, até que ele veio sentar no meu lado;
— você não vai deixar os nossos problemas de família interferir na nossa amizade – ele disse baixo e eu continuei sem olhar para ele
— você que decidiu engravidar a Brenda – disse com sarcasmo e ele soltou l ar pelo nariz
— Larissa, foi um acidente – olhei para a cara dele com desgosto – tá, eu sabia que podia ter risco dela engravidar e tudo mais ela era adotiva eu não sabia que ia dar naquilo tudo, acha que eu também não fiquei mal quando ela foi mandada embora grávida de um filho que ia ser meu
— não venha mentir falando que se sentiu mal, no fundo eu sabia que estava aliviado por não ter que assumir uma criança com 15 anos de idade né, isso que dá se envolver com criança
— tá Larissa, chega disso, já faz tempo, eu estou arrependido de ter feito aquilo, agora eu faço parte do seu ciclo de amigos, o clima fica ruim sabendo que você me odeia
— fica nada, consigo disfarçar bem – disse convicta e as meninas me olharam sérias – o que foi?
— Larissa, ele ta correndo atrás pra pedir desculpas pra você, para de ser grosseira demais – Maria disse e eu revirei os olhos
— por mim amiga, agora ele é meu namorado – Bianca disse e eu respirei fundo
— certo, mas se você magoar a minha amiga, eu te deserdo da família
— calma, calma garotinha brava – ele disse animado e eu soquei seu bravo – mimada, senti falta de te atentar – ele me abraçou de lado e eu me afastei
— seu falso – as meninas riram e eu logo me levantei – eu vou pro meu quarto, tirar um cochilo por que eu ainda não assinei nada para fazer durante o ano
— não vai assinar? – Maria perguntou assustada – a diretora logo vai sentir sua falta nas atividades extracurriculares
— não ligo, vou dormir, beijos de luz minhas gatinhas
Confesso que senti falta de me divertir assim, em Nova York não consegui me divertir tanto pois sempre que saia com meu pai ele tinha que reclamar das coisas, o que me deixava totalmente desgastada, eu amo meu pai, mas ele conseguia estragar todos os passeios possíveis com o mal humor dele é claro que mesmo de férias ele ficava cuidando dos assuntos da empresa dele é sempre ficava estressado pois de acordo com ele " eram todos um bando de irresponsáveis que não sabiam cuidar de uma empresa" claro, quem em sã consciência conseguiria cuidar de uma empresa corrupta, eu amo meu pai mas se ele pensa que eu não sei dos podres daquela empresa dele ele está muito bem enganado.
Logo chego no meu quarto, tomo um banho e visto uma roupa fresca, me sento na cama mas um porta retrato do lado da cama da Bianca me chama atenção, pego ele e começo a encara-lo, era uma foto dela, do Felipe e mais uma menina, essa era a Andressa que ela tinha me falado, eles parecem bem felizes, deixei o porta retrato de lado e me deitei na cama, quero descansar bem.
Continua
VOCÊ ESTÁ LENDO
a patricinha e o zé droguinha
Novela JuvenilHistória readaptada, mesma história mas de um jeitinho diferente, espero que gostem. Larissa, uma patricinha metida; Felipe o mandante do morro; se esses dois se apaixonarem o que pode acontecer? venha conferir o restante da história plágio é crime...