v. g. | second

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Não tive sucesso nas orações e mãe é um ser que descobre tudo, e contra tais fatos não há argumentos ou nossas mães vão aparecer com chinelas em mãos e nossa saída vai ser correr muito – eu testei, e tem duas explicações, ou eu corro devagar ou a Senhora Kim tem boa mira.

Mas essa ainda não era a questão.

No do aniversário da minha mãe, em uma terça-feira que se encaixa no dia 13 de março de sabe Deus que ano, eu estava esperando meus pais me apanharem na escola para irmos comemorar a data. Já restavam poucos os alunos e meus amigos em geral já tinham ido – em tal período eu estudava pela tarde – e o relógio denunciava 18:39pm, já não estava muito claro, eu sentia o nervosismo tomar conta de mim pouco á pouco. Eu lembro que olhava pro relógio várias vezes e ao invés de o tempo parar e um minuto ser um século, parecia que ele corria. Minhas mãos suavam e em minha cabeça, aquele moletom do Twenty One Pilots não seriam o suficiente para me proteger. Meu coração se apertava e minha visão se embaçava, se meus pais não tivessem chegado naquele momento eu começaria a chorar sem ao menos perceber e Jungkook não estaria ali para me abraçar e dizer que eu era só tamanho.

Não era a primeira vez que isso acontecia.

Nesse dia, minha mãe descobriu que eu tinha síndrome do pânico – levando em conta que eu não saía sozinho, nem de noite e nem de dia e não gostava de ficar até tarde e sozinho em lugares que não me trouxessem segurança.

Mais uma pra coleção.

𝖵𝖺𝗇 𝖦𝗈𝗀𝗁. ░𝘵𝘢𝘦𝘩𝘺𝘶𝘯𝘨 + 𝘫𝘶𝘯𝘨𝘬𝘰𝘰𝘬Onde histórias criam vida. Descubra agora