v. g. | fourth

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Naquele pequeno cochilo eu decidi que teria uma overdose de felicidade.

Eu não sabia o que sentia mas estava feliz, do tipo desesperadamente feliz, que espalharia esse sentimento por onde pudesse e não pudesse – já pensou eu ir no cemitério e começar a dançar com as caveiras?

Antes que fosse tarde, invadi a casa de Jungkook e o acordei com todas as formas de demonstração de amor possível.

— Jungkook, Jungkook, Jungkook! – o sacudi — Jungkook! – fiz um bico subi em cima do corpo do mais velho — Jungkook!

Essa era minha última cartada antes de lhe jogar uma jarra de água com gelo.

— Jeonggukie! – choraminguei.

Observando com calma, o garoto sempre teve um rosto incrívelmente belo, os olhos delicados, a pele macia e branquinha, as pintinhas e os lábios rosados e bem desenhados. Analisar aquilo tão de perto me fazia querer tocar, e cá entre nós, eu sempre tive um abismo por Jungkook, um amor encubado que converto pra amizade e que tenho conseguido esconder á anos, mas tem ficado cada vez mais complicado.

Nós estávamos perto, tão próximos a ponto de seu cheiro me deixar porre, de sentir sua respiração ser um pouco mais profunda, de saber que você ouviria meu coração. E quando nossos lábios se chocaram, minha alegria aumentou, – como pode ser tão macio? – mas quando seus olhos se aprofundaram nos meus, eu soube que naquele momento uma amizade poderia se acabar, e que depois daquilo você poderia desejar não olhar na minha cara, mas já estava feito, não tinha mais volta, e restava-me aproveitar os últimos segundos de um possível fim.

𝖵𝖺𝗇 𝖦𝗈𝗀𝗁. ░𝘵𝘢𝘦𝘩𝘺𝘶𝘯𝘨 + 𝘫𝘶𝘯𝘨𝘬𝘰𝘰𝘬Onde histórias criam vida. Descubra agora