A Procura de Evidências

Capítulo 8

Will acorda com dores no corpo por conta da sessão de espancamento que havia levado umas noites passadas e também pela posição que tinha dormido naquela noite.

- Dormiu bem princesa ?- Thomas chega perto de Will com uma xícara de café.- Quer café ?

- Ele odeia café.- Cheryl diz com uma xícara na mão também.

Thomas solta o pulso de Will e o mesmo vai comer, depois disso toma um banho e coloca umas roupas que Thomas havia lhe emprestado, vai para sala onde encontra Cheryl e Thomas conversando.

- Queremos te provocar um acordo.- Thomas fala sem rodeios.

- Se me interessar... Mas pode falar.

- Vamos tentar te ensinar a se defender! Mas tem condições, você não pode procurar por seus pais, não pode tentar fugir novamente ou falar sobre a gente se algum dia escapar desse inferno.- Thomas fala mas Will não esta com cara de quem gostou do acordo.

- Não entendi esse acordo.- Ele diz e Cheryl revira os olhos.

- Ai Will as vezes sua lerdeza me surpreende! Vamos te ensinar a atirar, a ser rápido e esperto.- Ela fala e ele apenas afirma.

- Vamos começar.- Thomas diz e os três vão para fora.

- Mas agora ? - Will pergunta preocupado.

- Sim ué! - Thomas fala e Cheryl ri.

- Vem aqui, vamos começar.- Will a olha desentendido.

- Ela vai te ensinar a lutar inútil!- Thomas fala colocando a mão no ombro de Will que arregala os olhos.

- Não vou lutar com ela não!

- Não quer ? Então quer lutar com o Thomas, que é competitivo e não da mole pra ninguém ?- Cheryl pergunta e Thomas pisca para Will.

- Não quero lutar com ele não !- William diz saindo de perto de Thomas.

"Pronto a criança não vai querer lutar com ninguém ! " Thomas pensa revirando os olhos.

- Para de graça, lute com a Cheryl ! Vai lá e se posiciona para luta.- Thomas fala.

Will chega na frente de Cheryl coloca as mãos em posição de luta e ela coloca as mãos nos bolsos.

- Eu irei dizer os comandos e você vai fazer o que eu mandar, exatamente o que eu mandar.- Thomas diz e Will afirma. - Ok, chegue mais perto do adversário.

Will da dois passos em direção de Cheryl, Thomas grita para Will atacar, ele tenta da um soco em Cheryl mas ela segura seu pulso e derruba Will no chão, quando ele foi ao chão Thomas começa a rir tanto que fica sem fôlego.

- Desculpa, desculpa deveria ter avisado que ela tem reflexos rápidos e que não tem piedade de ninguém.- Ele diz limpando uma lágrima que escoria no canto do olho.

Cheryl ajuda Will a se levantar e o mesmo tira toda a sujeira de sua roupa e volta na mesma posição anterior.

- Vamos de novo.- Thomas chega perto deles e cruza os braços.- Tente não derruba-lo agora, seja mais lenta, primeiro golpe vai.

Will dá o primeiro golpe mas Cheryl abaixa, ele tenta outro golpe e leva um soco no braço, Thomas grita para ele atacar, Will tenta novamente mas Cheryl dá um soco em seu rosto e um chute em sua coxa, quando William cai, grita e xinga por ser derrubado.
Thomas chega perto de Cheryl e os dois ficam olhando Will caído no chão e xingando todos os palavrões que conhecia.

- Ta fazendo ele ficar com raiva e usar a raiva para se defender melhor ?- Thomas pergunta baixo e ela afirma.- Então me deixe continuar.

- Não falarei nada apenas vou observar, não se aproveite para bater nele.

Thomas passa a mão pelo ombro dela e ri ; - Pode deixar ! Ei inútil levanta se tivesse numa luta de verdade o inimigo já tinha lhe matado.

Will levanta com raiva e se posiciona para bater, não espera ninguém dar um sinal para que possa começar, consegue dar um no queixo de Thomas, o mesmo cambaleia para trás coloca a mão no queixo por conta da dor, ri por Cheryl ter conseguido fazer Will usar sua raiva para se defender. Thomas vai em direção de Will, levanta seus punhos e devolve dois socos no rosto de Will que cai no chão, quando Thomas vai caminhando para bater mais em Will, Cheryl o impedi.

- Acho melhor treinarmos os reflexos e agilidade dele, antes de bater nele mais - Ela diz e Thomas bufa.

- Aff, só porque eu queria bater mais no inútil ? Ok né o amigo é seu.- Ele diz indo ajudar Will a se levantar.

Cheryl chega perto de Will e vê como esta o rosto do mesmo.; - Vamos treinar sua agilidade e seus reflexos.- Ela diz sem olhar no olhos dele, ela olha apenas para seu machucado no rosto.

- Ok, vamos lá.- Will fala e ela vai para perto de Thomas.

- Ok Will, faça três flexões e pule, faça isso o mais rápido que puder e repita cinco vezes.- Thomas diz, vai até Cheryl a abraça por trás coloca seu queixo no topo de sua cabeça e observa William fazendo os exercícios.

Eles passam a tarde inteira treinando Will, quando esta anoitecendo Thomas diz que precisa ir comprar um pneu novo e algumas coisas para eles.

- Acho melhor entrarmos já esta tarde, amanhã continuamos.- Cheryl diz e ambos entram.

- Sim, sinto que cada parte minha esta quebrada.- William vai para o banheiro.

Cheryl decide fazer comida para eles, ela começa a preparar as coisas, liga o fogo coloca uma carne que achou na geladeira na panela, prepara uma massa de macarrão que havia encontrado em um armario de muitos vazios, preparou tudo quando estava acabando sente uma mão em sua cintura, riu ao sentir o calor da palma da mão em sua pele, conhecia muito bem o dono daquele toque.

- Você ainda gosta de macarrão não é Tommy.- Ela pergunta se virando pra ele.

- Mas é lógico, até hoje tento fazer meu macarrão ficar bom que nem o seu mais não tenho tal dom.- Thomas diz e ela ri, ele coloca um mexa de cabelo de trás de sua orelha.

Naquele momento Thomas lembra de quando tinha doze anos e Cheryl apenas nove anos. Eles estavam sozinhos, a mãe de Thomas estava resolvendo uns problemas, Cheryl queria assistir desenho mas Thomas não queria deixar, ela ficou com raiva e chutou a canela dele o mesmo caiu, Cheryl ria ao ver aquela situação, Thomas pra se vingar a puxou para o chão também, fazenda cair em cima dele.

- Eu gosto de você Tommy.- Ela diz fitando seus olhos.

- Você não pode gostar de mim, porque eu não gosto de você.- Thomas diz a retirando de cima dele e saindo de lá a deixando sozinha na sala.

Se arrependimento matasse ele estaria morto, ele queria beija-la mais depois de quatro anos longe dela, havia deixado ela com estranhos, poderia rejeita-lo por te lá deixado... não iria querer que ele a beijasse porque poderia estar com o inútil... Tantos pensamentos invadiram a cabeça de Thomas naquele momento que quase recuou, mas não, se inclinou para beija-la desejando do fundo do coração para ela não o rejeitar.