4. O erro que fez tudo acontecer.

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Olivia

— Humm. — gemi com uma respiração varrendo a minha nuca ao mesmo tempo em que sentia uma ereção animada cutucando o meu traseiro enquanto braços vigorosos apertavam a minha cintura.

'' Hã?'' — acordei de vez e abri os olhos não encontrando a Juju na cama e nem o cachorrinho.

—Julian? — o chamei esperando ser solta e recebi um beijo quente naquela área que me causou arrepios.

'' Acho que sei agora o que é uma tentação do capeta. '' — estava quase começando a rezar para não dar uma de louca e começar a me esfregar contra ele.

— Anjinha o que é? — uma pergunta sonolenta em voz grave soou em meu ouvido.

'' Pare de me dar novos apelidos. Criatura!''

— Julian, você precisa acordar! — quase gritei

— Olie? — usou o meu maldito apelido com certo tom de riso, mas poderia ser coisa da minha cabeça.

— Bom dia. A nossa pequena sumiu e... — ele continuou me prendendo e com aquilo encostado em mim como se fosse à coisa mais normal do mundo.

'' Homem malvado em módulo enlouquecedor. '' — prendi a respiração.

— A nossa ''filha'' tem essa mania de saltitar cedo para fora da cama. Um dia se acostumará com isso. Temos hoje um roteiro sobre o divórcio e planejamentos sobre o futuro compartilhando a educação de Julianne. — tagarelou esfregando o nariz em meu pescoço e mordi o lábio.

'' Filho da mãe!''

— Sim. Eu só estou esperando você me soltar para...

— Ops. Eu estou a mantendo presa. — disse ao afrouxar o toque.

— Eu... — comecei ao tentar me mexer, mas fui virada e numa questão de segundos acabei presa com o corpo pesado dele sobre o meu.

— Sim? — perguntou com seus olhos de avelã me sondando profundamente enquanto seus lábios estavam tão próximos dos meus.

'' Eu nem sei mais o que estava dizendo. Bugou foi tudo aqui. '' — pensei tendo dificuldades para raciocinar com o perfume dele e aquela maldita ereção agora tocando a minha coxa.

— Nós dois... — estava quase tendo um treco.

— Vamos nos...

— Papai e mamãe! Eu e o Bolinho fizemos o café da manhã com a Maria. — o grito de Julianne nos fez pular de susto.

— Senhor e senhora. — Maria pigarreou surgindo em nosso campo de visão com uma bandeja de guloseimas e a minha cara quase caiu no chão pelo olhar da mulher.

'' E agora como eu vou explicar que não era nada disso?''

— Bom dia! Uma surpresa no café. Que maravilha. — disse ao se sentar no leito e a baixinha saltou em cima dele.

— Deixarei os três se divertindo. — Maria sorriu e pediu licença parecendo ter gostado do que viu, embora não tivesse sido nada demais.

— Mamãe nós vamos dançar para o vovô hoje? — a pergunta inocente de Julianne me deixou numa saia justa, pois o pai dela abriu um sorriso enorme e piscou para mim.

— Não seria uma má déia ver a sua mãe feliz e recitando outra letra de uma canção interessante. — jogou lenha na fogueira.

'' Eu não posso fazer isso perto dele. ''

— A mamãe hoje está...

— Feliz em atendê-la. — o outro me enganou na resposta.

— Oba! — a outra ficou de pé e ficou saltitando.

O Erro de  OliviaOnde histórias criam vida. Descubra agora