Diário de um adolescente

Capítulo 6-familia-parte 1

Moro só com minha mãe, meus pais são separados e não tenho irmãos. Tenho animais de estimação. Em casa, apesar de minha mãe me dar liberdade e privacidade, acabamos sempre brigando. A maioria das vezes por causa dos estudos, e também por não ajudar em casa na arrumação do quarto, ou ajudar lavando a louça, arrumar a mesa, etc. Coisas de mãe.
Minha mãe é tão chata com a limpeza que qualquer pessoa que entra lá em casa tem que tirar os sapatos e colocar uma pantufla já que vai trazer sujeira da rua e "más energias".
Pelas manhãs é uma tortura. Minha mãe diz que é ruim para ela e eu digo que é pior para mim. Só falta colocar uma banda tocando no meu quarto para me acordar e isso sempre acontece quando estou na parte melhor dos meus sonhos. Sabe aqueles desenhos animados que aparecem com os olhos esbugalhados e o coração na boca ? Sou eu acordando. O pior é que ela sempre pede para acordar feliz e sair sorridente. Me responde como isso é possível? E ela sempre acorda com um bom humor que me dá raiva.
Não pense que ela é uma doçura. Quando ela se zanga comigo, vira bicho e se transforma totalmente. Ela diz que eu dou motivos . O que me conforma é que com os meus colegas acontece as mesmas coisas ou até pior. Claro que há um lado positivo nela. Eu gosto muito dos nossos passeios. São cheios de cultura ou diversão.
Com o meu pai, como já estou na puberdade, não sou obrigado a estar com ele de 15 em 15 dias. Quando estou com vontade fico com ele. Normalmente isso acontece em situações agradáveis como viagens, festas e passeios. Quando eu era menor e era obrigado a ficar com ele nos finais de semana era muito chato porque muitas vezes eu tinha que ficar sempre na casa dos meus avós, pois meu pai morava com eles. Meu avô paterno é insuportável, mas a minha avó é um amor de pessoa. Me dou muito bem com ela. É por causa dela que eu consigo aguentar o meu avô.
Os meus avós maternos já estão falecidos. Eu conheci meu avô. Ele era legal. Infelizmente não pude ficar muito tempo em sua companhia por causa da distância e ele faleceu quando eu tinha 8 anos. Com a minha avó materna eu tinha mais contato. Apesar de ela morar em outro estado também, sempre íamos visitá-la ou ela vinha até nós. Ela era muito divertida e eu a amava muito. Mas essa é uma outra história...