Desculpa

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Me doutrinaram.
Me enfiaram em um banco e eu tenho que ouvir, o homem falar.
Minhas pernas mexem,
Meu corpo quer me abandonar,
Me largar.

Homem, você não pode reclamar,
Meus pecados estão escritos em meu coração,
Muito mais seguro que em suas regras em pedras.

Inegáveis
Me olham com outro olhar,
Nos largam,
Existe algo errado nos ensinos,
Algo nas palavras e nas ações do homem,
Simplesmente vem matando,
Mas não vale a vida dos pecadores.

Um amor puro,
Um beijo imundo.
Simples, não foi aceito.

Proibido, proibido.
Pecado, anjos caídos são demônios.
Mas nem eu nem ela somos anjos.

Cochichos, sussuros mediocres.
Socos em muros.
Tolerância zero.
Culpa e vergonha.

Eu queria facilitar pra você.
Você não tem haver com isto, mas eu e ela nos assumindo te causou isso.

Eles cortaram você,
Pelo menos ainda te olham na cara,
E espero que você volte a me olhar como antes.

Mas por enquanto é assim,
E esse nem era o rumo que eu queria tomar.

Perdoe-me, pai,
Mas eu e ela estamos juntas e vamos continuar.

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