-EM MAIO-
" Sophia, eu amo você"
E agora o que fazer? Sophia pode acreditar nele? Alguns lutam contra esta relação e outros são aliados. Em quem confiar? Nem sempre quem tem carinha de anjo quer o seu bem.
" Não acredito que aquela cobra é tua irmã"...
Não consigo imaginar porque estão todos contra mim.
" Sophia, está na hora de irmos!" Minha madrasta aparece no quarto. " Que cara é essa?"
" Nada. Só estou pensando em algumas coisas."
" Tudo bem, querida. Pode me falar o que quiser!"
Suspiro.
" É a Júlia que está no meu pé..."
" Sophia, na vida que levamos aparecem muitos tipos de pessoas entre elas aproveitadores e mentirosas. Para ter certeza quem são seus amigos você deve testa-los, se torne capitã do time, lance tendências, seja popular e veremos se ela quebra a máscara"
" Esta querendo dizer que a Júlia é falsa?"
" E talvez seja invejosa!"
" Não, talvez ela só esteja passando por um momento ruim. Não pode ser nada disso."
" Tudo bem, mas tome cuidado."
Ela conclui a conversa e me acompanha até meu compromisso.
Hoje é dia de fazer uma colab com um YouTuber e provavelmente ganhar mais alguns seguidores.
**
" Tenho novidades" Carol me mandou essa mensagem assim que voltei para casa.
" Quais?"
" Fiquei sabendo que amanhã chega aluno novo na escola e eu já fui stalkear. Adivinha só, ele toca numa banda e é super gatinho." Ela mandou um áudio animada.
Que bom que essa garota está esquecendo do meu namorado, já não aguentava mais.
" Sophia!" Meu pai bate na porta do meu quarto.
" Algum problema?" Falo assim que abro a porta e o vejo sério.
" Acabei de voltar de uma reunião com a diretora de seu colégio. O que está acontecendo, filha? Suas notas estão abaixando, é desse jeito que quer entrar numa faculdade de prestigio?"
" Desculpa se eu sofri um acidente e do nada meu pai aparece com uma família estranha e me rouba da minha mãe. Eu estou passando por um momento estressante, pai. Desculpa se não posso ser perfeita."
" Olha, vou te dar apenas uma advertência dessa vez, mas ficarei de olho."
Meu pai age como se não tivesse praticamente me abandonado durante anos, não o suporto.
No sábado minha mãe vem me buscar —Meu irmão já está lá— para eu passar o fim de semana na casa dela quando entro no carro ela já me enche de perguntas como estou, se estou indo bem na escola, como estou sendo tratada em casa e outras coisas do tipo até, finalmente, chegar em casa. Abro a porta e sinto cheiro de bolo recém saído do forno.
Alexa vem em minha direção e me dá um abraço.
" Estava com saudades da minha nora favorita!"
" Até porque não tem outra" Gabriel aparece rindo e me beija como se nada tivesse acontecido. O encaro seria.
" O que foi?" Ele pergunta.
Percebo que nossas mães saem de fininho.
" Já esqueceu o que me disse?"
"Me perdoa So, eu jamais ficarei contra você. Eu só queria entender porque está agindo assim, você não é o tipo de garota que humilha os outros."
" Quando eu fiz isso, Gabriel?"
" No treinamento."
" Aquele time está decadente, alguém tinha que fazer algo."
" Não daquele jeito."
" Cansei de você!" Falo e arrasto minha mala para o meu quarto e bato a porta.
Mais tarde, minha mãe me chama para comer e a acompanho já que estou morrendo de fome.
" Vi um vídeo seu na internet, pareceu bem diferente."
" Impressão sua, mãe."
" Sophia, eu prometo que vou recuperar sua guarda. Vou provar que aquela família é muito toxica para você."
" Mãe, também sinto saudades e não se preocupe que eu estou bem, achei que seria pior."
"Depende do que é bem para você. Eu conversei com seu irmão, ele me contou algumas coisas que aconteceram e eu estou preocupada Sophia, primeiro o cabelo, a vontade repentina de ser famosa, comportamentos arrogantes com seus colegas e o que você fez com a sua irmã" ela pausa " Não estou aqui para te julgar ok? Eu só quero te entender e saiba que existe outras maneiras de lidar com o que você está passando."
" Ah, você também não! Porque todos estão contra mim? A Ashley vive me importunando e quando resolvo revidar eu sou a vilã? As garotas da torcidas estavam horríveis e eu sou a vilã por falar a verdade." falo indignada.
Largo meu prato na mesa e saio de casa dando voltas no quarteirão até desistir de andar e sentar na calçada de uma casa desconhecida.
" Eu devia deixar para lá, mas minha curiosidade foi muito forte e eu tive que vim para ter certeza se você não é uma louca porque se for já vou discar o numero do hospital psiquiátrico."
Olhei em direção a voz e notei um rapaz encostado no poste de braços cruzados e um sorriso zombador.
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Aquela que aparece do nada, mil perdões leitoras <3 desculpa por ficar sumindo
