Capítulo 2-O príncipe injustiçado

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Fizera 4 anos desde que saiu do castelo pela primeira vez junto de Nuva. Nunca fora muito longe do muro que o cercava, tinha medo de ir mais além e seu amigo respeitava essa escolha. Era dia do seu aniversário, 15 de agosto, como era um dia especial, teria de passar ele com a Deusa Dragão. Porém, não totalmente só com uma estátua e um altar cheio de frutos, Nuva estaria lá também, ele se infiltraria nem que fosse transformado em poeira.

Rain já estava lá no salão, sozinho, com uma gigante estátua que lhe dava medo e com seu livrinho de desenhos junto de alguns carvões que usaria para fazer sua arte.

Aquele salão branco de belíssimos detalhes a ouro, na época em que seu pai ainda vivia, servia como salão de baile. Eles abriam os portões ao povo e deixavam com que se divertissem junto de um farto banquete.

Com a descoberta da gravidez da rainha, todos do reino de Nymphaea ficaram cautelosos. Um velho senhor da região, que era tratado como divino, havia distorcido toda a maldição feita aos donos daquele castelo, de acordo com o velho, se nascesse um menino o reino ia cair em ruínas, mas se fosse uma menininha o reino teria fartura até a sua morte.

Após o nascimento do príncipe da decadência, as portas do castelo se fecharam ao público e, com peso no coração o rei deixou sua esposa e filho e foi em busca do mago o qual criou a maldição. Ocasionalmente nunca mais ninguém teve respostas sobre seu paradeiro, nem seu povo, nem sua esposa.

Em não muito tempo, ruídos foram ouvidos. De uma das passagens secretas no solo, saiu um sorridente jovem de cabelos louros na altura do pescoço, com suas sobrancelhas grossas e claras amostra por conta de sua franja curta e ridícula. Bem, só aos olhos de seus 10 irmãos.

Assustou-se e com rapidez tentou esconder seu caderno e carvões, mas teve o mesmo arrancado de suas mãos pelo louro que era mais rápido e ágil que si. O outro o olhou com surpresa e perguntou:

-Este sou eu? -O encarou confuso levantando uma sobrancelha e mostrando a página com o desenho à Rain.

-Queria poder dizer que não, mas enfim, é você mesmo! -Admitiu temeroso. Sua sinceridade incontrolável o colocava em muitas furadas.

-Wow, não sabia que era tão lindo assim. -Brincou imitando a pose do desenho, o que fez o de olhos turquesa negar e rir.

-Prefiro você ao natural, sem forçar expressões e essas coisas. -Nuva parou para prestar atenção, seu amigo falava com tanta confiança. -Aquele da esquerda é meu favorito, lembro-me desse dia. Foi na noite em que você brigou com seu irmão por ter falho em alguma missão, então veio até aqui desabafar para mim.

-Bonitas palavras. Você me pegou desprevenido. -Sorriu bobo e desacreditado.

-Não era para você ter visto. Bem, não agora...

Passou uma de suas mãos na nuca, era de praxe fazer isso quando nervoso ou com vergonha. Uma mania que Nuva conhecia bem.

-Não fique assim, agora já foi. E...até que eu gostei .

-Sério?

-Claro! Quem não gostaria de servir como sua musa inspiradora? -Posou de forma engraçada fazendo Rain rir.

-Então você aceita ser minha musa inspiradora? -Ajoelhou-se na frente do outro e estendeu a mão.

-Deixa eu pensar...aceito.

-Yay. -Falaram em uníssono ironicamente. Riram muito com a brincadeira e depois sentaram-se ao chão.

-Mas, o que foi isso? Você estava me pedindo em casamento, ser sua musa inspiradora ou...seria os dois!?

The Princes of FreesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora