Capítulo 1- Sonho

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Chloe Narrando...

Me vejo em um ambiente verde, onde o frio consumia mesmo com o sol que parecia ardente.

Eu olhei para meu corpo e vi que eu estava usando minha roupa preferida, a roupa que minha mãe de consideração me deu e que eu guardo com tanto carinho, percebo que estou com uma cesta de flores, são rosas, eram as preferidas da mamãe... papai alegrava ela em todos os seus aniversários e datas comemorativas, sempre acompanhado de lindas rosas.

Olhei para o lado e avistei Ravenna, seus cabelos longos e avermelhados refletiam na luz do sol, e então, comecei a correr rápido, sem controle, era como se minhas pernas vivessem por si próprias, Ravenna corria juntamente comigo, como se também fosse obrigada à se submeter a isso. Minha respiração já estava ofegante e eu já estava cansada de tanto correr, mas eu não conseguia parar.

Até que minhas pernas finalmente obedeceram os meus comandos e eu parei, e, como num simples passe de mágica, finalmente o calor do sol se espalhou sobre meu corpo, mas não era um calor qualquer, era fervente, forte, eu mal conseguia aguentar, como se estivesse pegando fogo dentro de mim. Eu comecei a ficar cansada de tudo aquilo e queria ter controle sobre a situação, minha vontade era gritar e ver se a dor que eu sentia em meu coração amenizasse, mas ao invés disso, eu comecei a correr involuntariamente de novo, dessa vez eu corri muito mais que antes, como se agora eu tivesse um destino, e mais uma vez Ravenna estava correndo junto à mim parecendo ter os mesmos sentimentos que os meus. A cada vez que eu corria, uma rosa caía, e quando caía era como se uma parte de mim iria sendo deixada também, e eu já não podia fazer nada para evitar.

Quando finalmente parei de correr, olhei em volta e finalmente percebi o quão pesado era o destino para qual as minhas pernas estavam me levando, era a casa da minha mãe de consideração, pegando fogo, meu coração começou a acelerar, um sentimento de medo me subiu e parou até minha garganta, eu não conseguia mais falar, só via a imagem à minha frente embaçada, eu estava lacrimejando, só escutava gritos de longe, não encontrava mais a Ravenna para me apoiar, então olhei para a cesta que eu carregava e só havia uma flor ali, que diante de meus olhos virou cinzas, eu larguei a cesta com toda a raiva e tristeza que me consumia, e então eu tomei uma atitude amorosa, mas burra, corri para o fogo, para dentro da casa, eu precisava tirar ela de lá, quando minhas mãos iriam alcançar as chamas eu sinto um puxão do outro lado, me viro, encaro a mesma que me acolhe num abraço reconfortante e eu finalmente consigo abrir os olhos.

Eu acordei.

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