Capítulo 8 - Final

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Foram longas as horas enquanto os quatro pensavam em maneiras de destruir aquela câmera sem ocorrerem problemas mais sérios como a polícia ou algo assim. Logo a segunda de manhã chegou rápido demais, os quatro combinaram de se encontrar no portão principal para começarem o plano, já que no primeiro tempo eles estariam livres das aulas.

O plano era: Recuperar a câmera da sala de fotografias e, de acordo com o que o senhor os tinha dito, a única maneira de recuperar as almas capturadas e se livrar de uma vez por todas da câmera era queimá-la e jogar seus restos no mar, para não ocorrer o risco de mais alguém encontrar.

Ao sinal do primeiro tempo, os quatro correram em direção à sala de fotografias, mas bem no meio do caminho foram impedidos pela grande multidão de alunos que esperam em uma enorme fila para tirarem suas fotos, que demorava a acontecer já que nem o diretor nem o fotógrafo conseguiam encontrar as chaves da sala de fotografia.

Seria bem mais fácil de salvar seus colegas se não fosse pela multidão, dar a volta pela escola para conseguir chegar à sala de fotografia era a única saída, mas eles tinham que ser rápidos, eles teriam que pegar a câmera e destruí-la antes do sinal do segundo tempo batesse. Tenho certeza de que eles nunca correram tão rápido em suas vidas, parecia questão de vida ou morte, o que talvez pudesse até ser o caso.
Depois de muita correria, conseguiram chegar a sala sem serem parados por mais ninguém.

- Vai logo! - Disse Laura não aguentando de tanto esperar para que Joaquim abrisse a porta de uma vez.

- Calma! Eu só... não estou acreditando que nós conseguimos.

- Nem eu, mas se você não abrir a porta agora, talvez não conseguiremos mesmo. - Disse Clara.

Ele abriu a porta sem muito barulho para não chamar a atenção de ninguém que passava pelos corredores. Eles entraram na sala em passos silenciosos e pegaram a câmera.

- Pra onde agora? - Perguntou Joaquim

- Acho melhor fazermos isso em algum lugar privado, que tal o telhado? Queimamos a câmera lá e depois jogamos as cinzas no mar. - Disse Marcos

- Boa ideia. Vamos! - Disse Laura

Chegando ao telhado, eles encontraram o melhor e mais escondido lugar para queimarem a câmera. Até que não foi tão difícil assim, eles guardaram os restos em um pote e foram para a aula. Enquanto caminhavam, percebiam que seus colegas pareciam normais.

- Parece que funcionou. - Disse Joaquim

- Sim, até que não foi tão difícil. - Disse Clara

- Você tá brincando?! Passamos por muita coisa pra chegar aqui, foi difícil pra caramba! - Disse Laura

- É. Mas estou feliz que conseguimos. -  Disse Marcos

Todos estavam felizes por conseguirem salvar seus colegas, eles combinaram de se encontrar na praia depois da escola e se livrar das cinzas de uma vez por todas.
[...]

- Então é isso. Nós realmente conseguimos!

- Comentou Joaquim

- Sim, agora só falta nos livrarmos das cinzas. - Disse Marcos

Ele despejou as cinzas no mar, e todos foram pra casa felizes por terem salvo sua escola do que poderia ou não ter sido o fim terrível.

Agora todos estariam livres daquela horrível maldição... pelo menos é o que esperamos...

A Câmera Que Roubava AlmasOnde histórias criam vida. Descubra agora