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Dia 19 Segunda-feira

Odeio quando tenho imprevistos do nada. Um mês se passou e eu fiquei sem ver o seu rosto. Tive uma viagem repentina com a equipe de marketing da empresa. Algo que ninguém esperava. Muito menos eu.

Mas o que me deixou preocupado hoje foi a seu rosto triste. Queria saber o porquê você está com essa aparência deprimida e triste. Queria poder te abraçar. Poder dizer que iria ficar tudo bem e que eu estava do seu lado para te ajudar. Você estava aérea, com olheiras fundas parecendo que não dormia a dias, com os olhos lacrimejados...

Meu primeiro impulso foi de me levantar e ir em sua direção. Mas não podia fazer isso. Você estava tão aérea que descer uma estação antes que o normal.

Hoje, no trabalho, disse a mim mesmo que iria falar com você independente da circunstância. E falei.

Na volta para casa, eu peguei o trem novamente, coisa que eu não costumo fazer. Laura, amiga o um trabalho, sempre me dava carona na volta. E você estava lá.

E eu acho que é do destino. Você sentou do meu lado.

Depois de inspirar e expirar o ar mais de quinhentas vezes decide dizer algo.

“Você está bem?” eu disse quase que num sussurro porque estava inseguro e caso você não escutasse, pelo menos, eu não me martirizando. Você tomou um susto e me olhou, e dessa vez não desviei o olhar, sustentei até o fim.

“Estou sim.” Você disse, sorriu sem mostrar os dentes e fungou como se estivesse com o nariz escorrendo. Assente com a cabeça e voltei a olhar para frente. Me sente mais aliviado agora que havia tomado coragem para falar com você.

“Muito obrigada por pergunta.” Você disse se levantando para descer no seu ponto. Você me pareceu sincera e verdadeiramente agradecida por isso.

Me sente feliz em saber que havia feito algo bom por você.

the subway station • shawn mendesOnde histórias criam vida. Descubra agora