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Dia 13 Terça-feira

Conversando com você por mensagem hoje de manhã, você me perguntou se eu não podia ir te buscar hoje no trabalho já que eu estava de carro e a gente poderia sair juntos. A uma semana eu estava sendo o seu melhor amigo.

Te levei para sair com meus amigos, você conhece minha irmã, que disse que você era linda demais para mim por sinal, e eu fui na sua casa. Uma semana bem agitada. Seu avô era muito legal. Ele me ensinou a jogar baralho e xadrex enquanto você estava terminando de se arrumar. Achei engraçado que ele não questionou se eu trabalhava ou algo assim. Apenas me cumprimento quando cheguei e me ensinou a jogar. Quando eu disse que iria trazer você de volta no horário certo sem passar, ele sorriu e disse "Eu sei. Confio em você." e continuou jogando. Parecia que ele já me conhecia. Se por acaso você falou algo sobre mim pra ele, percebi que fora só coisas boas.

Ao te buscar no trabalho, percebi que você estava mais radiante e feliz. Espero que eu tenha te ajudado a chegar nesse resultado. Foi uma semana e tanto pra você. Te ver chorar apertava meu coração, mas eu só podia ficar do seu lado te dando o máximo de apoio que eu podia.

Você estava usando um vestido florido e um cardigã por cima com uma sandália rasteira. O clima cedo estava realmente quente e agradável para usar essa roupa, mas nesse horário a noite o frio era gélido. Dava pra ver em seu rosto o tanto de frio que você estava sentindo quando estava vindo em direção ao carro.

"Cara, você não está sentindo frio?" eu perguntei assim que ela entro dentro do carro. Puz uma das minhas mãos na sua perna que estava gélida demais. "Olha como suas pernas estão geladas."

"É que quando eu sai estava calor, poxa. Todo mundo hoje tiro o dia pra me chamar de maluca por usar essa roupa." você disse colocando o cinto. Puxei minha jaqueta que estava no banco de trás e cobrir suas pernas dando partida no carro. "Sempre cuidando de mim, que fofo." você apertou minhas bochechas e eu reclamei em protesto.

Estavamos indo para um shopping assistir um filme que você queria muito. Compramos pipoca e todos os doces que você queria. Era incrível como eu fazia suas vontades. Minha irmã brigou comigo por ciúmes disso. Ela disse que eu bajulava mais você do que ela. Tive que passar o final de semana fazendo tudo o que ela queria só para tirar aquele bico do rosto dela.

O filme foi legal. Era um de terror, mas um terror nem fraco. O que me fez rir porque você não parava de gritar. Segurava minha mão e escondia seu rosto no meu pescoço. Ainda quero saber porque raios você queria assistir logo esse já estava morrendo de medo.

Ao sair do cinema, te levei pra casa pois não gosto de preocupar o seu avô. Fomos o caminho todo falando sobre o filme e outras coisas, até você pegar no sono no banco do carona. Mal conseguia me concentrar na estrada com você dormindo de um modo tão sereno e tranquilo do meu lado. Queria poder te beijar, colocar você em meus braços e não soltar nunca mais.

Quando chegamos na sua casa, te acordei e você reclamou se recusando. Mas levantou. Te levei até a porta, você até me convidou pra entrar, mas já estava tarde e eu ainda moro com os meus pais.

"Obrigada por hoje e por está do meu lado. Não sei como te agradecer por tudo." você disse encostada no batente da porta.

"É isso que os amigos fazem." eu dei de ombro. Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, você me puxou para um beijo. Colocou uma das suas mãos no meu rosto me aprofundando mais em seus lábios. Eles eram macios e tinham gosto de chocolate por causa do chocolate que havia comprado no cinema. Passei uma das minhas mãos em volta da sua cintura puxando você pra mais perto e a outra passei pelos seus cabelos ruivos.

Estava ficando sem ar, mas não queria parar aquele momento. Queria ela. Desejava ela. E agora, eu a tinha.

the subway station • shawn mendesOnde histórias criam vida. Descubra agora