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gente é a primeira vez que eu escrevo algo e eu não faço ideia se continuo ou não...
pra falar a verdade eu não imaginava que realmente leriam isso aqui ksksksksks
então votem ou comentem pra eu ter uma noção se devo dar continuação e perdoem os meus possíveis erros de português e afins.
beijo!
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Rio de Janeiro

Camila: Né Cecília?....Cecília?

Arthur: Cecília!

Cecília: É...

Camila: Amiga, ta tudo bem com você? Parece distante...

Cecília: Ta... Ta tudo bem sim...

Arthur: Então...? O que você acha?

Cecília: O que?

Arthur: De irmos hoje!

Cecília: Ir aonde?

Camila: Você não tava prestando atenção na conversa né? A gente tava pensando em dar uma passadinha na Blest hoje. Vamos?

Arthur: Vamos Cecília!!! Faz tempo que não saímos juntos! Tô com saudade desse trio já.

Cecília: Blest? Vocês só podem estar de brincadeira. Aquela balada deve tá virada num museu. Não vou nem que me paguem.

Arthur: É meu amor, ou vai ver foi você quem virou um museu! Não sai mais pra nada, nem pra tomar uma cerveja você se anima. Não sei que milagre de São Pedro foi esse que fez você sair de casa pra vir tomar um café com a gente, porque olha, tá feia a situação meu anjo. Se não quiser sair, tudo bem, pode falar! Só não fica me fazendo de otario não, porque eu já tô cansado de te convidar pra fazer as coisas... !

Camila: Arthur...

Arthur:  ... E se for pra você sair e ficar com essa cara aí e esse seu desânimo, é melhor então nem sair de casa! Esquece Cecília! A Ana se foi! E você sabe muito bem o porquê! Você correu com ela, enxotou a garota, literalmente a humilhou! E agora quer ficar trancafiada em casa, chorando por um "amorzinho" de verão?! Por uma "transa boa" ou sei la o que?! Porque me desculpa, se tem uma coisa que ela não foi pra você, essa coisa é amor! Se tivesse sido amor, você não teria feito o que fez! E sabe muito bem disso..!

Camila: Arthur! Chega!

Cecília: Como você tem coragem de vomitar todas essas merdas na minha cara?!

Camila: Cecília...

Cecília: Me responde Arthur!! Como você tem coragem?!?!

Camila: Cecília... Ele não quis...

Cecília: Não, tudo bem. Eu sei exatamente oque ele quis dizer. Acho que já ouvi o bastante.

Cecília

Saio da cafeteria sem nem me despedir. Simplesmente pego minha bolsa e vou embora.
Sei que não aguentaria mais nem um segundo naquele lugar. Não queria ouvir aquilo, mas nesses últimos meses, isso era tudo que eu precisava ouvir.
Precisava aceitar.

"A Ana se foi"

Um sentimento de raiva invade rapidamente o meu ser, fazendo com que eu queira berrar; libertar toda a angústia e mágoa que existe dentro de mim.
Mas permaneço calada, estática. As lágrimas ameaçam cair, mas não caem.
Sigo o caminho para a minha linha do metrô, sei exatamente qual devo pegar.
Mas sinto-me sem rumo.
O terminal esta lotado, vago por ele em meio a milhares de pessoas que passam por ali.
Mas sinto-me só.

Chego em casa, sento-me em um banquinho na varanda e observo o movimento da avenida em frente.
Já são 20:14h, as luzes dos prédios iluminam a cidade junto das estrelas no céu.

Era ali que costumávamos passar o tempo. 
Pegávamos uma garrafa de vinho, preparávamos um jantar e íamos para a varanda observar a vida lá fora, contávamos as estrelas, namorávamos diante da Lua.    
Era assim muitas de nossas noites.
De um jeitinho especial, que só nós tínhamos.
Tínhamos.

De repente levo minhas mãos ao rosto. Merda!
Estou com raiva, sinto-me cansada, exausta.
De repente as lágrimas começam a cair e tudo que estava trancafiado a muito tempo dentro de mim, é finalmente colocado pra fora.
Meu choro é semelhante ao de uma criança assustada, desesperada.

Estou com medo.

Estou com medo porque sei, que eu ainda a amo.
Estou com medo porque sei o quanto esse amor pode e vai me destruir.
Já esta destruindo.

Dói Sem TantoOnde histórias criam vida. Descubra agora