Twenty seven

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No início fiquei parado, surpreso demais para fazer qualquer coisa, mas então percebi o que estava acontecendo e empurrei o garoto com força; este teve que se apoiar na parede para não sair no sofá.

— O que foi isso? Quem é você? O que pensa que está fazendo? Meu Deus, de onde você veio? — gritei várias vezes para o garoto que apenas olhava pra mim com olhos sonolentos. Ele não parecia muito bem e seus lábios tinham gosto de álcool. — Você está bem?

— Não sei... — disse, parecendo confuso. — eu acho que quero vomitar.

Suspirei cansado, não acreditando na situação. Eu estava na minha festa dos sonhos, mas acabei de ser beijado por um bêbado desconhecido e provavelmente passaria a noite inteira cuidando dele como o santo que eu sou.

Bom, não tão santo.

Apenas uma boa pessoa, eu diria.

Ou não. Talvez eu só devesse sair correndo e deixar o garoto desmaiar no sofá e ficar lá até alguém resolver levá-lo pra casa.

Parecia a melhor ideia, mas não a fiz. Apoiei um dos braços do rapaz no meu ombro e fui com ele até o banheiro após muito tempo procurando onde exatamente este ficava. Joguei o mais alto debaixo do chuveiro e deixei cair água fria na sua cabeça, fazendo-o tremer um pouco.

— Olha só o que eu estou fazendo. Essa nem é minha casa. — murmurei irritado, ajudando o garoto a tirar sua camisa.

— Tem certeza? Acabamos de nos conhecer. — me lançou um sorriso insinuativo e meu reflexo foi dar um tapa forte no seu braço.

— Eu vou te afogar aqui se você não calar a boca. — respondi mais calmamente do que esperava, finalmente desligando o chuveiro e puxando o garoto para se sentar na tampa do vaso sanitário. — Não saía daí!

Sai do banheiro e fechei a porta, indo até o frigobar e pegando o refrigerante mais doce que encontrei antes de voltar para onde o desconhecido estava. Ele já parecia bem melhor e mais acordado, tinha apenas os olhos um pouco avermelhados e o cheiro de álcool estava bem mais fraco por conta do "banho".

O entreguei o refrigerante já aberto e ele agradeceu, tomando longos goles e balançando um pouco a cabeça depois.

— Me desculpa por ter te beijado, eu não sabia o que estava fazendo. — sorriu sem graça, esfregando a parte de trás da cabeça.

— Tudo bem, eu acho. — me agachei no chão de frente para ele.— Qual é o seu nome?

— Jisung, e o seu?

— Changbin. Eu estudo na mesma escola que Hyunjin.

— Eu estudo na mesma escola que Seungmin, foi assim que nos conhecemos. — ele explicou, bebendo mais um pouco de refrigerante. Era impressionante como ele já estava sóbrio.

— Bom, obrigado por me ajudar hoje, você é uma boa pessoa. Amigos? — Jisung se pronunciou novamente após um tempo de silêncio. Ele estendeu uma mão para mim e eu apenas fiquei olhando por alguns segundos antes de finalmente apertá-la com um grande sorriso.

— Claro!

End up here. [changlix]Onde histórias criam vida. Descubra agora