Uma rua escura

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Era uma rua escura

Passos soavam no asfalto

Pessoas concentradas em si mesmas

Se auto-nomeando racionais

Se erguiam pondo a si mesmas lá no alto

Outras pessoas nos becos se concentravam no passado

Isso as fazia ter seus vícios

Podiam ser drogas ou qualquer outra coisa que as distraísse

Sentiam como se o cérebro estivesse armado

Apontando para eles lembranças que se negam a ser esquecidas

Já outros humanos se consideravam indignos

Indignos da vida

Se auto-intitulavam lixos e escória

Eram dominados por suas feridas

E por suas falsas máscaras

Mas havia um gato, pelos humanos considerado ser irracional

Que colocava uma pata na frente da outra

Vivia um dia de cada vez

E era imensamente humilde e feliz

Ignorando os padrões que tornariam sua vida infeliz

Seu pelo era negro, mas sua alma límpida

Alma que nunca se deixaria ser corrompida

Tão forte como água que nunca é quebrada e sim, maleável

Olhos verdes e brilhantes, que já assistiram maldades inaceitáveis

Porém, tão alegres quanto um sorriso sólido, nunca levado pelo vento

O gato considerado inferior

Mas sua felicidade o tornava superior

O gato de pelos escuros

Que tinha luz para exibir a todo o mundo

Um gato que andava numa rua escura

Filosofia PoetaOnde histórias criam vida. Descubra agora