Eu olhei no fundo dos olhos de Riley... Ali eu já sabia, eu não podia abandonar a minha melhor amiga...
Ela esteve comigo em todos os momentos, nunca deu pra trás, sempre fez o impossível por mim, eu não iria abandona-la ali.Depois que comemos e bebemos, nós decidimos ir dormir, o amanhã seria um dia cheio.
Nós nos deitamos naquela cama de casal e então dormimos.No dia seguinte nós acordamos bem cedo, Riley estava arrumando nossas coisas para ir, enquanto isso, eu liguei a tv para ver o noticiário.
"As autoridades de Great Falls já fecharam a saída da cidade acreditando que o fugitivo Maxwell Jensey ainda esteja na cidade, ele será condenado por assassinato de um jovem e de vários policiais que foram mortos pelo que parecem ser bombas de acordo com a polícia" disse A repórter.
"Há! Bombas? Você é um terrorista agora meu amigo" Riley zombou de mim.
Eu desliguei a Tv, peguei minha mochila e então desci até o estacionamento.
Riley desceu um pouco depois, nós entramos dentro do carro, então Riley o ligou e em seguida perguntou;
"Como pretendemos sair da cidade?"."Na hora a gente vê" eu respondi.
Ela passou a macha e então partimos para a estrada em direção à saída.
Demorou alguns minutos até darmos de cara com a saída bloqueada por várias viaturas e policiais a nossa espera.
"Riley, quando eu disser já, você abaixa a cabeça e pisa fundo" eu disse.
Riley olhou pra mim estranhando o que eu disse e então ela relutou;
"O que?"."Já!" Eu gritei!
Riley sem pensar se abaixou e pisou fundo, o carro começou a correr, os policiais apontaram suas armas para o carro e dispararam, eu me abaixei, o parabrisa quebrou com os tiros, alguns minutos antes de colidimos com as viaturas eu levantei e apontei a minha mão esquerda para as viaturas, e naquele momento, os policiais que ali estavam foram jogados para os lados junto com as viaturas que caíram de cabeça para baixo, então conseguimos passar direto pela saída.
Logo que passamos Riley se levantou dizendo;
"Caralho isso foi incrível!".Eu encostei a minha cabeça no banco e respirei fundo, usar meus poderes estava me deixando cada vez mais exausto.
Em algumas horas nós já estávamos na Estrada de Turner, bem próximos da cidade de Turner.
"Max... Eu quero que saiba que eu agradeço por você confiar em mim, e por me deixar ficar do seu lado" disse Riley.
Eu a olhei nos olhos e então a respondi dizendo;
"Eu que agradeço por você ter ficado comigo até o fim... Você é muito importante pra mim, eu vou te proteger custe o que custar".Riley sorriu, e então eu voltei a minha visão para a paisagem desértica da estrada.
Havíamos acabado de entrar na cidade de Turner, era uma cidade bem pequena, enquanto passávamos pelas ruas de Turner nós notamos que não havia ninguém lá, nem na rua, nem nas lojas e provavelmente nas casas também não.
"Tem algo de errado aqui..." Eu disse suspeitando daquela situação.
De repente nós ouvimos uma explosão e sentimos um impacto enorme, eu apaguei por alguns minutos.
Quando eu acordei o carro estava de cabeça para baixo, todo destruído.
Eu olhei para o banco do motorista e não vi Riley.
Meu coração acelerou quando eu vi um buraco no parabrisa.
Eu arranquei a porta do carro com os meus poderes e então saí olhando ao redor procurando Riley.
Então eu a vi...
Riley estava caída a alguns metros de distância do acidente.Meus olhos encheram de lágrimas, eu corri até ela na esperança dela ainda estar viva...
Quando eu cheguei até ela, eu me ajoelhei e a pus em meus braços.
Seu rosto estava cheio de cacos de vidro e sangue, mas eu ainda conseguia reconhecê-la.
Lagrimas caíram dos meus olhos como cascatas de uma cachoeira.
Eu estava aos pedaços.Meu coração doía pois eu sabia que era minha culpa.
Eu olhei ao redor e vi não só Viaturas e militares, mas também vi Aviões passando pelos céus e tanques que se aproximavam lentamente com os soldados ao lado deles.
Eu abaixei a minha cabeça e então pus minha mão na cabeça de Riley e comecei a fazer cafuné em seu cabelo.
"Eu sinto muito... Sinto muito..." Eu repetia essa frase enquanto eu soluçava de tanto chorar.
Naquele momento eu levantei a minha cabeça com ódio sendo expelido pelos meus olhos.
O chão próximo ao meu redor se despedaçava e levitava apenas com a presença da raiva que eu tinha em mim.
Os tanques apontaram deus canhões para mim, os soldados suas armas pra mim, os aviões vinham de longe se preparando para disparar.
Eles estavam em todos os lugares.
Quando todos dispararam contra mim eu gritei, gritei de ódio, eu libertei todo o ódio que eu tinha guardado.
Uma explosão que começou de mim se espalhou, anulando todos os tiros e canhões que vinham em minha direção, os tanques, viaturas e soldados viraram pó com a explosão que eu estava expelindo, os aviões não tiveram tempo de escapar e também explodiram no ar, e junto com todos eles, as casas e lojas da cidade também foram destruídas com o turbilhão que eu causei.
Uma grande poeira se levantou e tudo ficou no silêncio.