Lírios murcharam no belo e radiante sol do entardecer

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Um rapaz com porte de caçador estava indo até uma pequena vila, ao qual mora, no interior de uma cidade remota. O mesmo voltava de uma das suas caçadas que duraram alguns meses. Quando se aproximava da mesma, via ao longe um rapaz de beleza exuberante, em meio às flores do jardim desta vila, ao qual a Sra.Woods e dona juntamente com o Sr.Woods.

Sherman, ao qual era o nome do caçador, estava abismado com tamanha beleza que o rapaz possuía, fazendo com que o mesmo começasse a ter certo interesse na beldade a sua frente.

Duas semanas haviam se passado. O Caçador foi descobrir mais sobre o rapaz que estava dominando a sua mente durante essas semanas, e o mesmo chegou apenas a descobrir que o jovem se chamava Frederick Woods. Sherman tentou diversas vezes chegar ao rapaz durante essas semanas, entretanto, se sentia absurdamente nervoso, e, sempre parecia estar sem palavras para dizer ao mesmo.

Porém, ele finalmente havia acumulado um pouco da sua coragem para finalmente chegar perto do Frederick, que agora estava sentado em um dos bancos de madeira que havia naquela pequena vila. Ele parecia pensar em diversas coisas, ou apenas em nada. Seu semblante era triste e ao mesmo tempo vazio.

Quando Sherman se senta ao lado de Frederick, o mesmo se assusta, fazendo com que seu ombro esquerdo se chocasse com o ombro direito do Sherman.

"Olá Rapaz! O que lhe aflige para estares tão triste?" indagou o Caçador, virando mais um pouco o seu rosto, para contemplar a beleza da sua paixão.

"Nada me aflige Jovem Caçador. Apenas estou a observar tamanha grandeza da beleza que a natureza possuiu." Respondeu-lhe Frederick ao Sherman, que apenas esboçou um sorriso tímido, e assentiu com firmeza, e em seguida, decidiu cantar o jovem, dizendo-lhe: "Igual a ti, meu jovem".

O rapaz dar-lhe um sorriso. Um sorriso encantador, capaz de deixar o pobre do Caçador sem o ar que era necessário para respirar. Naquele momento, o Caçador se deu conta de que estava mais do que apenas interessado no rapaz, poderia muito bem estar apaixonado pelo mesmo.

[...]

Cinco semanas haviam se passado. Sherman e Frederick estavam tendo um caso a mais ou menos há duas semanas, e jazia uma paixão avassaladora entre eles, porém, tinha apenas um entrave; O Sr.Woods, o pai de Frederick. Os dois rapazes tinham que esconder aquela relação de todos da vila, e não era uma missão nada fácil. Mas, quando se é jovem, a paixão e mais intensa do que qualquer outro sentimento já existente no ser vivo.

Sherman e Frederick se encontravam dentro da cabana do Caçador, que ficava um tanto que afastada da vila, mas não tanto. Ambos permaneciam juntos a carícias e beijos sem fim, até que a porta da cabana do Caçador e forçadamente aberta, e quando ambos olham para a mesma, e relevado a figura do Sr.Woods demonstrava um olhar odioso, seus dentes estavam cerrados, seus punhos permaneciam fechados com uma força surpreendente. O Frederick tinha seus olhos arregalados, tremia freneticamente enquanto olha a figura do seu Pai, e o Sherman abraçava com força o seu amado, reprimindo o que estava sentindo com aquela figura.

"O que estás a se passar aqui?! Como ousa ter algo com um homem, Frederick?!" o som estrondoso da voz do Sr.Woods era soado pelo cômodo, o pai do Frederick se dirige a ele, e o tira dos braços de Sherman, que tenta com todas as forças, defender o seu amor, porém, o Sr.Woods empurra o Caçador enquanto dizia: "Não se aproxime dele, seu imundo! Agora ele irá ver a consequência de ter ido contra a natureza do homem!".

Quando o Caçador se levanta para tentar salvar o Frederick, ele falha miseravelmente, pois o Sr.Woods o empurra, e tranca a porta da sua cabana, de uma forma que o rapaz não pudesse sair para não atrapalhar o que o pai de Frederick iria fazer.

No desespero total, Sherman se vê encurralado. O que ele poderia fazer para sair daquela cabana?! Como ele poderia salvar o seu amado, se o Sr.Woods o levou?! Eram tamanhas perguntas, que jamais poderiam ser respondidas. Desistindo de tentar fazer algo, Sherman apenas vê ao longe da sua janela, o seu amado sendo pendurado numa corda dentro do poço da vila, seu olhar era sem vida, seu rosto estava inexpressivo, parecia que o jovem Frederick havia aceitado normalmente que iria morrer, mas ao virar o seu rosto para a cabana, onde Sherman se encontrava, seu olhar tornou-se perdido, a procura de algo que pudesse o ajudar, o seu amor, seus lábios tremiam, lágrimas desciam do seu belo e delicado rosto, e o Caçador nada podia fazer. Perderia o seu amor? Sim. Por causa do quê? Da sua covardia.

Depois de ver o Frederick Woods morrer diante de seus olhos, Sherman não aguentou, e tentou se matar, porém, lembrou-se que era covarde demais para poder tomar tal iniciativa. Durante as caçadas ele não era covarde, todavia, quando se tratava de seu amado, parecia que este sentimento se predominava em seu "ser". O Caçador foi expulso da vila, e dos seus arredores. Sherman foi viver no meio da Floresta das almas perdidas, se culpando todos os dias e noites pela sua decisão covarde de não ter salvo o que lhe era de mais preciso na vida.

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⏰ Última atualização: May 16, 2020 ⏰

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