Sorria sempre para mim

Capítulo 3🔹

(Abraço Melanie e Anne)

-Melanie??

Olhei para onde a voz soou, Carlos, segurando uma plaquinha com meu nome e sorria, abriu os braços, soltei o carregador de malas ali mesmo e me joguei em seus braços.
Além de amigo, ele havia se tornado um pai para mim.
Assim que ele me colocou no chão, me olhou de cima em baixo.

- Como você cresceu, tá uma mulher, linda

-Obrigada tio (sim o pai do Jony é meu "tio) (claro de consideração). Ele abriu um sorrisinho.

-Fico feliz por não ter perdido esse costume.

-E tem como? Sorri.

-Vamos! a Esmeralda e a Anne estão ansiosas demais para te ver, você não tem noção! Ele pegou meu carregador de malas e parou ao meu lado, fomos andando rumo ao estacionamento.

-E o Jony? Foi inevitável não perguntar.

-Bom..ele não sabe ainda da sua chegada, ele tá chegando daqui a pouco também .Anda muito sem tempo sabe?

-Sei.
-Quem diria que ele se tornaria o grande Jony Walker. Carlos abriu um sorriso todo orgulhoso.

- É, quem diria não é mesmo? - Um grupo de meninas parou na nossa frente, com blusas de fc do Jony.

- Viu só? - Me olhou.

- E ai meninas! - Ele abriu os braços, todas foram para cima. Era incrível o carinho delas.

- São uns amores! - Eu disse, e ele fechou o porta-malas.

- São a vida do meu filho.

-Na Florida ele é bem conhecido também sabia?

-Ele vai adorar saber disso.

-Tenho certeza que sim. Sorri passando o cinto.

No caminho ele apontava e me mostrava antigos e novos lugares, Toronto continuava linda, se possível mais ainda.
Na entrada do condominio mais um grupo de meninas, Carlos desceu, falou com elas, minutos depois voltou cheio de sacolas com presentes.
-Estão  esperando o Jony, aliás, ele acabou de ligar, acabou de descer do jato.
Sorri, ele parou frente a uma casa de dois andares, repleta de vidro, com um Ferrari vermelha na garagem.Carlos bozinou sorrindo, e desceu do carro, desci também, vi uma menina de cabelos loiros e lisos, bem vestida, descendo as escadas correndo. Era Anne , assim que abriu a porta, abriu um sorrisão. Ela sempre foi muito minha amiga, e antes que eu pudesse falar algo ela se jogou em cima de mim.

-Ai meu Deus! Mel. - A abracei forte também, sorrindo.

-Anne! A soltei e peguei nas suas mãos.
-Como você tá linda, como cresceu!

-Ah! olha quem fala, você tá.. - Me olhou dos pés a cabeça. - Uma diva! - Sorri tímida.

-Ah...você...não acredito! - Olhei com a Anne  para onde a voz ecoou, Esmeralda na porta, com as mãos no rosto.

-Eu falei que ela estava mais linda ainda. - Carlos falou ao passar por ela.

-Menina, menina não, mulher! que saudade.

- Esmeralda...-Corri até ela e a abracei.

-Como você tá? fez boa viagem?
Ela me abraçou de lado e já me puxou para dentro, a casa bem luxuosa, vi o slogan do Jony na parede sorri.

-Ah, fiz sim! graças a Deus.

-Anne, me ajuda a por as malas dela lá em cima no quarto de hospedes. - Carlos subiu com duas.

-Pode deixar pai! Eu levo o resto.

- Nossa! mas você tá uma mulher já.

-Ah Esme..e a senhor.. - Ela me olhou feio. Você.. - Sorriu concordando. - Que não mudou nada.

-Ah obrigada, e sua mãe?

-Está bem..só preocupada né? - Fiz careta.

-Eu falei com ela a pouco tempo..disse pra ela ficar tranquila, chega um ponto que temos que soltar os filhos para eles correrem atrás da felicidade.
Assim como fiz com o Jony, você viu? o menininho cresceu!

-Na Florida, ele é bem conhecido!

-Nossa. Sorriu toda orgulhosa.
- Ele deve tá chegando.. por falar nisso, esqueci a assadeira no forno. Hoje vamos comer o prato preferido dele.

-Lasanha? - Sorri desconfiava.

-Exatamente. Ela se levantou.
-Pode subir, fica a vontade, você tá em casa.

-Obrigada. - Sorri subindo as escadas, cheguei em um corredor claro, passei por duas portas, encontrei uma com corações coloridos na porta, sem dúvida alguma, era da Anne.

-Ah, entra, Mel , depois vou te mostrara casa tá bem?

-Certo.
Entrei no seu quarto, era grande,e bem delicado, muito a cara dela.
Me puxou para se sentar em sua cama.

- Mas me diz como foi morar lá?

-Foi bom, ótimo..só que senti saudades do Canadá . - Sorri.

-Anne- Bateram na porta, e abriram, era a Esmeralda .

- Vou dá um pulo ali no mercado pra comprar umas coisinhas, você sabe como é seu irmão né?

-Ah, pode ir tranquila mãe.

-Não demoro, e se sinta em casa Mel, filha depois mostra a casa pra ela tá? - Ela escorou a porta.

-Vamos lá, começando por aqui, meu quarto.

Ela riu.
Ficamos  de frente a outra porta, ela abriu.

-Esse é o do Jony!

Ela entrou, e entrei em seguida, era bem dividido, apesar de ser luxuoso ao mesmo tempo era simples, era bem a cara dele.

-Anne, é melhor a gente sair..ele deve tá chegando, não vai gostar de ver a gente aqui...

-JONY?

Ela falou quase em um grito, em seguida correu, olhei para onde ela ia, para seus braços, ele estava logo atrás da gente, com uma mochila nas costas e mala em mãos.

- Anne, assim você me mata. - Riu e encontrou meu olhar.
-Trouxe amiguinhas novas aqui
pra casa.Ele me olhou dos pés a cabeça. e deu sorrisinho meio malicioso, corei.

-Jony! - O repreendeu. - Você não lembra dela?
- Bateu em seu ombro de leve.

-Dela quem? - Me olhou novamente, curioso dessa vez.

-Oi Jony - Sorri tirando o óculos.

Vi que seu olhar de malicia e curiosidade sumiu, dessa vez era de surpresa.

-MELANIE!