XII

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No entanto,todo homem mata aquilo que adora, 
Que cada um deles seja ouvido. 
Alguns procedem com dureza no olhar, 
Outros com uma palavra lisonjeira. 
O covarde fá-lo com um beijo, 
Enquanto o bravo o faz com a espada! 

Uns matam o próprio amor quando ainda jovens, 
Outros o fazem na velhice; 
Uns estrangulam com as mãos da luxúria, 
Outros com a mão de Ouro, 
O que é bondoso faz uso do punhal, 
Porque a morte assim vem mais depressa. 

Uns amam pouco tempo,outros demais, 
Uns vendem,outros compram; 
Alguns praticam a ação com muitas lágrimas 
E outros sem um suspiro,sequer: 
Pois todo o homem mata o objeto do seu amor 
E, no entanto, nem todo homem é condenado à morte.

Oscar Wilde

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