My dear love

1

Uma escuridão profunda me possuiu, milhares de perguntas caminhavam sob minha mente. Não sabia aonde estava, mas eu queria saber.
— Será que esta é a visão da morte? Onde que estou? Quem sou eu? — Perguntava-me para mim mesma, mentalmente. Queria abrir meus olhos, mas não conseguia. Parecia que uma força estava prendendo minhas pálpebras, enquanto sentia um líquido gelado percorrer sobre meu corpo. Aquilo não era agradável e logo meu corpo despertou-se em média de 5 minutos. Consegui força, não sei de onde, consegui a força suficiente para sentar na cama que estava, com esta mesma força, consegui abrir meus lábios que antes pareciam que estavam colados e assim, soltar um grito, e por fim, consegui abrir minhas pálpebras e enxergar o mundo novamente. Tudo ficou quieto assim que soltei o grito, até eu mesma. Parecia que todos haviam congelados em seus lugares por exatos 5 segundos, mas assim que estes 5 segundos se passaram, cerca de seis médicas vieram até mim.
— Você está bem? — Uma delas perguntou.
— Acho que estou. — Respondi.
— Lembra-se do seu nome? — Outra perguntou.
— Millie? — Falei como se não fosse óbvio isto. Elas estariam pensando que eu não sei nada da minha vida? — Porque eu estava num hospital, pelo o que eu me lembre eu estava com a saúde perfeitíssima! E cadê a meu pai? Quero ir embora. Onde está meu namorado? — Perguntei tudo ja um pouco estressada. Vi uma das médicas saindo de onde eu estava e as outras cinco fazendo anotações. Até que uma delas parou e olhou a mim.
— Senhorita Brown, você está no Hospital de Atlanta já faz um mês! A senhorita estava em um pequeno coma. — A doutora disse me olhando.
— Então... nada daquilo foi verdade? Eu não namoro Finn? Sadie e Caleb não estão juntos? — Perguntei mais nervosa. — Nat não está grávida? Jacob não me beijou, nem Finn?
— É, basicamente, tudo isto foi um sonho. De acordo com seu pai, quando você despertasse já estaria tudo preparado em sua casa para recebê-la lá. Então hoje mesmo você já estará com alta. Ah e tem algumas pessoas querendo te ver. — A doutora falou enquanto caminhava até a porta e abriu a mesma. Assim que olhei à porta conseguia ver uma garotinha loura correndo até minha cama com um largo sorriso em meu rosto, um homem vinha junto com ela e a colocou na cama, logo depois apareceu um menino que deveria ter cerca de uns 19 anos e uma mulher com uma criança em seu colo.
— Sentimos muito sua falta. — a loura disse me abraçando enquanto eu não parava de sorrir.
— Muita mesmo. — O jovem complementou e pegou em minha mão.
— Agora minha princesinha já está bem melhor, não? — O homem disse mexendo em meus cabelos enquanto sorria. Eu olhava a todos sorrindo confusa. Quem seriam eles? Sorri fraco à eles como uma forma de dizer "olá". — Filha... Você lembra de nós, certo? — Ele disse sem graça. Neguei. Não lembrava quem eram eles, a voz parecia-me familiar, mas só a voz mesmo. — Somos sua família. — O moço disse me olhando.
Minha família? Porque não estaria reconhecendo eles? Será que eu não sou a Millie Bobby Brown que faz a Eleven em Stranger Things?
Fechei meus olhos e respirei tudo.
Ouvi a voz um menino jovem, um pouco afastado de mim.
— Ela estava em coma pai, como você acha que ela se lembra de nós? Ela nem deve se lembrar de quem ela é. De seus familiares, seus amigos. Ela não deve se lembrar de nada.

N/A: Aqueles três últimos capítulos eram tipo um "aquecimento" para a nova temporada.  Agora ela começará de verdade rs.