Traição

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P.o.v Paulo

Ainda indignado por saber que Alícia Gusman está namorando, eu vou para a escola e tento me manter estável para não parecer meio óbvio que estou bolado, nem jogar bola eu estava conseguindo direito pois só estava pensando em esmurrar esse cafajeste que conseguiu roubar a Alícia Gusman com todos aqueles músculos, então, eu segui minha vida como se nada tivesse acontecido. Até daria certo se eu não olhasse para eles dois juntinhos bem na porta da escola

Alícia: Oi Paulo. - Saio entrando direto sem falar com ela

Gustavo: Vem aqui moleque.

Paulo: Quem você pensa que é para me chamar de moleque?

Gustavo: Se você não percebeu, a minha namorada te deu oi.

Paulo: Eu sei, e o que que tem?

Gustavo: Não vai cumprimentar ela é?

Alícia: Não faz isso Gustavo, eu conheço ele, dá pra ver que ele não tá muito bem.

Gustavo: Eu vou te proteger. Quem você pensa que é para não falar com a minha namorada?

Paulo: Quem você pensa que é para me obrigar a falar com a sua namorada?

Gustavo:Jean, segura minha mochila.

Paulo: Koki, segura a minha. - Jogo minha mochila no japonês

Gustavo: Eai, vai fazer o que hein pirralho?

Paulo: A real pergunta é, o que você vai fazer? Vai ligar pra mamãe trazer o seu anabolizante para seguir o horário certinho, é?

Gustavo: Você tá falando que isso é anabolizante é? Vamos ver o que o anabolizante faz então. - Ele me dá um empurrão, então eu parto pra cima dele e a diretora Olívia chega

Olivia: Posso saber o que tá acontecendo?

Jean: Eles dois estão brigando.

Olívia: Já pra minha sala os dois. Terceira vez na minha sala no segundo dia de aula da semana Paulo?

Paulo: Mal aí.

Olívia: Vocês dois vão levar advertência para casa. Depois vão na minha sala pegar, e se não pegarem serão suspensos.

Paulo: Tá.

Gustavo: Ok.

Paulo: Tudo culpa sua, seu folgado.

Gustavo: Minha culpa? Isso não aconteceria se você tivesse ignorado a Alícia.

Paulo: Ah tá bom, quer que eu dê oi pra ela? Tá bom, lá vai, oi Alícia. Agora pode ir lá ligar pra mamãe trazer o anabolizante pra poder ter músculo.

Gustavo: Te pego na saída, quer ficar achando que é quem pra falar assim comigo?

Algumas horas depois

Paulo: Valeu Koki.

Koki: Vai correndo Paulo.

Paulo: ir correndo pra que? Eu não tenho medo daquele cara não.

Koki: Mas ele tem um grupinho.

Paulo: O grupinho dele é chacota. Eles dizem ser os melhores do colégio, mais é só por causa do anabolizante. - Vou andando para casa sozinho, pois minha irmã iria para a sorveteria com a Valéria, ao caminho de casa uma pedrinha voa na minha cabeça e ela faz um pequeno furo

Gustavo: Procurando quem foi é?

Paulo: Ata, é só você. - Ao me virar, metade do grupo dele está na minha frente bloqueando a passagem

Carlos: O que você disse?

Paulo: Nada não.

Gustavo: Agora não é mais o machão né, está em menor número, engraçado é que eu te enfrentei mesmo você tendo aquele japonês do seu lado.

Paulo: Mas o Japinha não luta, ele se diz faixa preta em karatê mas ele não luta.

Gustavo: Segurem ele. - Ele pega um monte de pedras e começa a jogar elas em mim logo após os amigos dele me segurar

Paulo: É assim que quer resolver né? Eu na desvantagem e você só de longe jogando pedras. Aiii! Essa pegou em um lugar que não podia pegar.

Gustavo: Dói né? Vamos ver essa grandona aqui.

Paulo: Por que não me solta e a gente resolve isso no X1?

Gustavo: Então tá, soltem ele. Só que antes, cada um dá um soco no rosto dele e um chute na barriga.

Paulo: Então tá, vai, continua. Vai querer mostrar sua masculinidade com seus amigos me batendo ao envés de ser você? Quer se pagar de machão sem nem ter encostado um dedo em mim? Acha que vai conseguir proteger a Alícia como? Vai chamar seus amigos que nem chamam o Batman?

Gustavo: Agora você foi longe demais. Eu queria te manter inteiro. - Ele me dá um soco tão forte que eu desmaio e 30 minutos depois eu acordo sem nenhum deles aparecer ali

Paulo: Ata, ele joga um monte de pedras em mim, pede para um grupinho de 15 pessoas me dar um soco na cara e um chute na barriga e no final ele só me dá um soco na cara e sai com os créditos? - Chego em casa e vou direto para o meu quarto limpar o sangue e tentar esconder todos os ematomas até a campainha tocar, vou atender a porta e vejo ela ali, chorando

Paulo: O que aconteceu?

Alícia: Ele me traiu. - Ela vem correndo e me abraça chorando muito

Paulo: Ai, só não encosta aqui por favor. E nem aqui também. Valeu.

Alícia: O que aconteceu?

Paulo: Seu namorado obrigou os amigos dele a me segurar e ele jogou um monte de pedras grandes, depois obrigou eles a me darem um soco na cara e um chute na barriga e no final ele me deu um soco e depois eu desmaiei.

Alícia: Ele é um cafajeste. Eu não deveria ter ficado com ele.

P.o.v Alícia

Apesar de achar que eu odeio o Paulo, ficar nos braços dele parece que foi bom pra mim, eu me senti segura e mais relaxada

Paulo: Fica tranquila, me empresta seu celular rapidinho. - Ela me dá o celular e eu abro o WhatsApp

WhatsApp On

Alícia: Olha só, pode ficar com seu brinquedinho novo porque eu estou fora, não tenho tempo para alguém como você não.

Gustavo: Você não entendeu direito...

Alícia: Você é bom no vôlei?

Gustavo: Um pouco.

Alícia: Então segura esse bloqueio.

WhatsApp Off

Paulo: Pronto. - Ele me devolve o celular

Alícia: Obrigada Paulo.

Volto para casa

Alícia: Mas será? Será mesmo que eu tô afim do Paulo Guerra? Não, não pode ser. - Fico olhando para a foto de perfil do Paulo no WhatsApp

O Passado Vem Atona - PauliciaOnde histórias criam vida. Descubra agora