Loki: Until Dusk [Hiatus]

07 - Seu sobrinho está?

Atenção!
  A cena do funeral da rainha Frigga foi retirada do filme "Thor: Mundo Sombrio", eu apenas a adaptei para minha Fanfic e recriei em forma de texto. Todos os direitos estão reservados à Marvel Studios.

  Toda Asgard estava reunida numa construção próxima aos limites do reino, com uma vista indescritível da queda d'água que dava para o Universo. A construção era dividida em duas, sendo que o meio era preenchido por uma correnteza - por onde ia o belo bote adornado de flores e ouro levando o corpo de Frigga. Os asgardianos se reuniam dos dois lados da correnteza e, mais a frente, numa enorme varanda; cada um segurando uma espécie de esfera luminosa. Não haviam lágrimas ou coisas do tipo, mas o silêncio era absoluto, e percebia-se o respeito que todos tinham para com a rainha.

  O cabelo dela estava mais dourado que nunca, preso num coque suave e levemente desarrumado; o que era incrivelmente elegante e combinava com seu vestido de peitoral metalizado e mangas transparentes com algumas flores pequenas e brancas. A cabeça repousava suavemente sobre um travesseiro branco e com um véu transparente por cima de sua face. Frigga parecia estar sorrindo. Na parte de baixo outro véu cobria suas pernas, esse era caramelado com um certo tom dourado, da cor exata de seus cabelos cacheados. Suas mãos, juntas, seguravam sua majestosa espada como num gesto de honra. Não parecia que a rainha havia ido com algum arrependimento ou mágoa; estava suave, plena. E talvez esse fosse o fator mais reconfortante para todos que estavam ali presentes.

  Quando o bote passou dos limites da varanda Bree percebeu Loki cerrar os punhos ao seu lado, e, de forma involuntária, pegou uma mão do deus nas suas. Frigga era a única que, desde que ele descobriu ser um Jotun, Loki considerou ser da sua família; agora ele não tinha mais ninguém. O moreno aliviou a tensão ao sentir o toque quente de Breeze.

  Uma primeira flecha flamejante foi atirada, incendiando o bote, e logo após vários outros botes com flores seguirem o da rainha uma saraivada na quantidade exata dos mesmos fora lançada, cada flecha incendiando o seu. Quando o principal estava perto de cair, Odin bateu sua Gungnir no chão, e assim o barquinho de sua esposa continuou a flutuar no ar; até o espírito de Frigga sair de seu corpo em forma de pequenos e inúmeros pontinhos brilhosos. Em seguida, o bote caiu seguido dos vários outros que estavam em chamas. Loki ficou tenso novamente, enquanto Thor continuava apático com Kyenna ao seu lado. Os asgardianos soltaram suas esferas, iluminando o céu para onde o espírito da amada rainha tinha ido.

  Era um evento tristemente lindo, e Breeze estava triste e maravilhada. Triste por Asgard, já que considerava Frigga uma ótima pessoa e rainha, afinal fora ela quem acolheu Breeze e Loki quando voltaram, e estava especialmente triste pelo moreno. Pouco a pouco o local foi se esvaziando, e ficou apenas Odin, Thor, Kyenna, Lady Sif, Frandal, Loki e Breeze, além da guarda real e empregados que eram realmente próximos da família. Todos, exceto o rei, começaram a entoar uma canção, como um coral, e aquele era o momento mais íntimo e pessoal de toda a cerimônia.

  Odin deu a ordem para que fossem, e após uma longa troca de olhares, eles saíram por caminhos diferentes deixando o Pai de Todos sozinho.

  - Loki, como você está? - Bree perguntou, ainda sem soltar a mão dele, enquanto caminhavam.

  Não houve resposta. Não era o tipo de pergunta que costumavam fazer para ele, então de fato não sabia como responder.

  - Por que voltou para Asgard? - perguntou.

  - Kyenna foi chamar a mim e a Thor. Disse que Odin planejava te colocar de volta nas masmorras.

  O deus deu uma risadinha.

  - Então foi isso que ele inventou.

  - Como assim?

  - Frigga já havia ido quando ela saiu. Acredito que Odin não queria alarmar o filho.