— Diga-me Perseu, a que devo a honra da sua ligação? — a voz calma, doce e ameaçadora da mulher se fez presente na sala. Chegava ser assustador a maneira com que as vozes se pareciam.
— Atena, ela veio aqui. — deu para ouvir a respiração dela ficando mais rígida.
— Ela não falou com a Annabeth, falou? — sua voz esbanjava preocupação.
— Não, mas tenho medo dela tentar algo. Mandei Piper ficar de olho nela. — a ouvi suspirar, aliviada talvez.... — Porém, não é só por isso que te liguei. Quero a sua permissão para levar Annabeth a um baile, nada informal, apenas negócios.
— Espere... Você quer ir a um baile? Ta isso é inusitado. — ela caçoou de mim do outro lado da linha. — Ok, tem permissão para levar-la. Não faça nada, estarei de olho!
— Claro, até mais. — desliguei assim que ouvi era resmungar um "tchau", olhei para Jason ainda parado. — Peça para Piper arrumar Annabeth, vou sair com ela.
Ele assentiu e saiu, e eu pude perceber um sorrisinho safado nos lábios dele. Idiota.
Depois de me certificar que Annabeth estaria pronta assim que eu chegasse fui a garagem da empresa é peguei meu carro, eu tenho motoristas mas também tenho meu próprio carro. O caminho de volta até em casa é menor que o de vinda a empresa, menos de 15 min eu já estava na porta esperando a madame.Assim que a porta da grande casa se abriu, e eu virei para encara, vi Annabeth andar em passos tímidos até o carro. Ela estava uma graça, a blusa era em um tom de azul muito claro e tinha mangas, apesar de ser modelo tomara que caia, já a saia era um azul bem mais escuro e ela tinha um design em xadrez. Quando ela ia abriu a porta de trás eu a tranquei e abri a do passageiro, ela olhou meio desconfiada mas entrou e eu so pude sorrir.
— Esta linda, mais do que o costume — ela sorriu tímida. — Espero que já tenha decidido como quer o seu quarto, pois vamos pinta-lo hoje e colocar os móveis amanhã.
— Vamos pintar o quarto? — ela sorriu e juro que vi um brilho nos olhos dela.
— Vamos, princesa. Você escolhe a cor. — olhei rapidamente para ela enquanto começava a dirigir.
•••
O caminho foi inteiramente cantado, quando tocava uma música no rádio que algum de nós sabíamos começávamos a cantar. E olha, devo admitir, Annabeth tem uma voz tão linda.
Nossa primeira parada foi: loja de móveis, Annabeth queria pegar uma cama de solteiro, mas eu não deixei e pegamos a de casal mesmo. Ela escolheu uma mesa de madeira que ficaria no canto da parede, e que era muito bonita na minha opinião, ela também pegou um guarda-roupas branco em que as portas eram de correr, eu também peguei uma cadeira meio que de balanço para o quarto dela. Mas a felicidade dela foi quando chegamos a loja de tinta e decorações, dava para ver o brilho no olhar.
— Annie, sua mãe já deixou você decorar seu próprio quarto? — ela me olhou meio triste e balançou a cabeça negando — Então, já decidiu a cor das paredes?
— Sim, sim, eu quero um cinza para as paredes e um preto para a área onde a mesinha vai ficar.
— Você quem manda, e para decorar?
— Luzinhas, luzinhas coloridas. — ela disse com convicção.
— Luzinhas... Anotado.
Nós pegamos as luzinhas dela, eu peguei um daqueles panos transparentes que ficam ao redor da cama tampando, pegamos alguns quadros bem bonitos, tinha um escrito "Amar pra viver, viver para amar" e um outros escrito "A" "M" "O" "R" uma sequência.
Então voltamos para casa e era hora de por mão na massa, eu tirei o terno e coloquei uma roupa bem mais descontraída. Annabeth colocou um short jeans e uma blusa comprida, ela foi a primeira a pegar um pincel e eu fui logo depois, Piper e Jason chegaram juntos e tanbem pegaram pincéis. Assim começamos a pintar tudo, e como, a Annie e a Pips era pequenas elas não alcançavam muito mas eu, como a boa pessoa que eu sou, as ajudei. Mas chegou um momento em que o Jason me chamou, eu virei para ver o que era e advinhem... Ele jogou tinta em mim... ELE JOGOU TINTA EM MIM. Nem preciso dizer que eu também joguei mas agarrou na Pips e quando ela foi jogar em mim errou e feito e acertou Annabeth. E nisso uma guerra de tinta começou, eu fui o que saiu mais limpo, por incrível que pareça, e Annabeth a que mais se sujou.
Mas, pelo menos, o quarto foi inteiramente pintado.— Todo mundo, banho agora — Piper bateu o pé no chão — Eu vou fazer o jantar.
Como ela mandou, fizemos. Cada um foi para o seu quarto, Annie foi para o meu, e tomamos um banho e colocamos roupas limpas, ela foi primeiro óbvio, depois descemos. Piper estava feliz, como na maioria das vezes, cantarolava uma música qualquer Jason feito um bobalhão sentado na mesa a encarando sorrindo, foram feitos um para o outro.
— Ele a ama mesmo — Annabeth comentou baixinho antes de entrarmos na cozinha..
— Sim, ele sempre foi apaixonado nela. Ela nunca deu muita bola mas olha... Noivos..— Annabeth sorriu, acho que gostando da ideia.
— E você? Nunca achou ninguém que te deixasse do mesmo jeito que a Pips deixa o Jay? — ela parou na minha frente, e me olhou curiosa.
— Achei, mas ela não sabe ainda — eu sorri de lado — Vamos, ou vão estranhar nossa demora.
— Antes, me diz quem é ela? — ela hesitou em perguntar, mas perguntou.
— Não — ela me lançou um olhar meio triste. — Vamos, princesa — eu peguei a mão dela e a puxei adentrando a cozinha.
— Demoraram, o que faziam? — Jason nos olhou cúmplice, ele acha que estávamos fazendo algo? Mas que...
— Nada que seja da sua conta, Jason.
— Não seja grosso com ele — ela deu um tapa no meu peito com as costas da mão — Estávamos conversando apenas...
— Conversando sobre?.... — Piper de intrometeu.
— Coisas aleatórias... Nada específico — juro que fiquei impressionado com a capacidade de mentir na cara dura dela.
— Tá, sentem já vou servi-los — Pips, junto com Annie, colocaram os pratos e copos a mesa.
E assim jantamos, Piper fez massa para nós. Um macarrão com molho branco e frango grelhado, a comida da Piper é a melhor que eu já comi por isso apenas ela faz comida em casa.
Sim, eles moram comigo e mesmo trabalhando pra mim ainda somos família.Depois de uma bela janta, nos despedimos com 'boa noite' e fomos dormi, Annabeth novamente dormiu no meu quarto. Dessa vez emboscada receiosa, ela se deitou e ficou me encarando até dormi e eu fiz o mesmo.

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Vendida
Roman d'amourEm um fatídico dia Frederick Chase e sua filha de apenas 14 anos, Annabeth, estavam voltando para casa. Tudo estava bem, até um carro desgovernado vir do outro lado. Sem saída para a família Chase, não tinham para onde ir. Presos. Em um acidente ine...