*POV Hannah*
De repente o Carl tinha desaparecido do mapa e eu ainda tentava alcançá-lo com o olhar no meio da multidão. Subitamente a figura de Stella dirige-se até mim, balançando de cima para baixo devido à sua respiração ofegante.
- O que é que tens, mulher? - eu ri com o alcoól já instalado no meu organismo à algum tempo.
- Quem era o rapazinho, Hannah Clark?
- What? - ela tinha visto? Desde quando?
- Eu vi o beijo, não te faças de desentendida. - já se tinha acalmado mais um pouco.
- Ok, chamava-se Carl. - o queixo dela caiu, não literalmente. [GIF]
Ela não disse mais nada. Ela conhecia-o? Estou um pouco perdida...
*POV Stella*
Eu apenas fiquei de boca aberta para o resto da eternidade. Acordei quando a Hannah me abanava como o barman a preparar um cocktail.
Já estavamos naquele sítio à horas, ainda era cedo mas talvez devêssemos ir para outro sítio.
- MAS ESTÁS BÊBADA? - continuei o sermão.
- Um bocado. - ela apoiou-se no meu ombro.
Lentamente saímos do edíficio e, damn, ainda havia pessoas na fila. Não fomos até ao carro, mas sim caminhámos.
O nosso olhar alcançou o Rio Tâmisa e o alcoól infiltrado nos organismos de ambas não parou o impulso de nos atirarmos à água, mas antes tirámos maior parte da roupa, digamos que não iríamos ser presas por nudez porque não estávamos nuas.
Aquilo parecia andar em câmara lenta na minha cabeça, mas a água estava seriamente fria.
We were sooooooooo drunk.
Depois de longos minutos, perdemos o contacto com a água gelada antes que fôssemos atropeladas por um barco em andamento. Isso seria cómico, e talvez doloroso. Vestimos novamente as nossas roupas que se colaram à nossa pele momentos depois. E a Hannah seguiu-me enquanto fazia o meu caminho até ao carro. Nenhuma de nós estava sóbria o suficiente para guiar, mas tínhamos de chegar a casa de algum modo. Ela ocupou o lugar de condutor novamente enquanto eu me contentei com o de pendura, apesar de ter a breve ideia de que Hannah estava pior que eu.
Em breves instantes -e com o pé no acelarador constantemente- chegamos a casa. Salva por hoje.
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Por mais que a ressaca da noite anterior, martelasse dentro do meu cérebro, decidi que já era tempo de sair do conforto da cama. Com os meus braços a suportar todo o meu peso consegui finalizar o movimento e lentamente arrastei-me até à cozinha. Hannah tinha o maior segredo para curar a ressaca que eu alguma vez já vira, anos antes criou um batido que tinha todo o tipo de ingredientes. Não tinha o melhor sabor, mas mostrava resultados.
Decidi, então, pôr mãos à obra e juntando todos os alimentos recriei o Batido da Ressaca, eu não sei se a Han era algum tipo de génio, só sei que aquilo resultava.
O travo a gato morto não era agradável, mas ajudava se eu bebesse tudo de uma vez. Numa tentativa de simpatia, virei o resto do líquido num copo e fiz o meu caminho até ao quarto da rapariga.
Bati à porta, e entrei de seguida.
Hannah estava em perfeito sono, deitada de barriga para baixo e era impossível ver a sua cara afundada em todos os seus cabelos.
