Um começo

A Carona

      Termino de lavar a louça, e vou pro quarto.Como estou sozinha, conecto meu celular ao rádio, e coloco o som um pouco alto (Na verdade...eu coloquei muito alto, mesmo).Sei que é errado, porque tenho vizinhos, mas eles já estão acostumados.Sem contar, de que não podem reclamar, pois o que eu escuto é música de verdade, não essas músicas chatas que eles escutam!
       Aproveitei e arrumei a casa, não era muita coisa, mas mesmo assim.
      Quando terminei, eram 15:30 mais ou menos, então decidi olhar um filme.Quando eu estava me sentando para olhar um dos meus fimes favoritos, que é "Amor incondicional", minha mãe e meu irmão chegaram.

Luciano—Oi!-Ele entra correndo, e se senta do meu lado.

Mãe—Oi.Lavou a louça que eu pedi?-Ela diz, entrando com algumas sacolas.

—Lavei.E ainda arrumei algumas coisas.-Respondi.

    Eu sabia que ela iria mandar eu fazer quando chegasse, então só me adiantei.

Mãe—Então ta bom.-Ela diz entrando na cozinha, e guardando as coisas.—Que coisa!

—O que foi?-Pergunto.

Mãe—Esqueci o queijo e a calabresa.-Ela diz mechendo nas sacolas.—Esther, faz um favor pra mãe, e vai la buscar?

    Olho para o lado, e vejo que o Lu nem gostou, de que vou sair.Assim ele fica com a televisão.

—Ta mãe.Vou só trocar de roupa.-falo, enquanto ela me entregava o cartão.

    Coloco uma caça jeans, um moletom e um tênis.Pego meu celular, e vou criando coragem, para descer as escadas.Isso que dá, ser sedentária.
   Chego no mercado, pego uma cestinha, e vou pegar o que minha mãe pediu.Enquanto esperava na fila para pegar o queijo, minha mãe me manda uma mensagem.
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    Filha, vou te passar uma lista de coisas, para você comprar.

Presunto;
Pão;
Leite;
Achocolatado;
E como tu fez tudo o que eu pedi, pode comprar algo pra ti.

                Beijos!
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   Pego o que ela pediu, e vou em direção ao meu corredor favorito.O de doces!Pego uma barra de chocolate e uma lata de Coca-Cola.
   Vou pro caixa, e a fila esta enorme.Já vi que vou perder minha tarde!Estava esperando minha vez, e senti alguém cutucar meu ombro.Olho pra trás, e vejo que era o Pedro.

Pedro—Oi, garota que eu conheço de algum lugar... que não lembro de onde!-Ele diz rindo.

—Oi garoto, que me conheçe...não sei da onde!-Digo, entrando na brincadeira.

Pedro—Veio comprar alguma coisa?

—Não!Vim dançar ragatanga, no meio do mercado.-Digo, rindo da cara dele.

Pedro—Nossa...essa doeu.-Ele diz, colocando a mão no peito, e rindo.—Mas eu mereci essa.Que pergunta idiota!-Ele diz sorrindo.

   Sério... já disse que o sorriso dele é muito bonito?Já né!Mas mesmo assim, vale a pena repetir.

—Verdade.-Digo sorrindo.

Pedro—Ahhhh!Eu já sei de onde te conheço.-Ele diz apontando para mim.

—Sério?De onde então?!

Pedro—Eu te vi na igreja.Tu foi na minha igreja, no ano passado.Antes de eu me mudar.Até cantou com seu pai.

—Ah claro.Mas eu ainda não me lembro de ti.-Digo sem jeito.

Pedro—Não tem problema baixinha.Não tem como tu lembrar, eu não fui falar com você.-Ele diz sorrindo.

—Sim, mas posso saber quem permitiu o senhor, de me chamar de baixinha?!

Pedro—Deixa eu pensar.-Ele diz olhando para cima.—Eu mesmo!-Diz rindo.

—Aham.-Digo com cara de indignação.

    Quando chega minha vez, passo tudo no caixa.Pago, me despeço de Pedro. Quando passo pela porta, escuto alguém me chamar.

—Esther....

      Olho para traz, e adivinha.Pois é... ele mesmo.

Pedro—Nossa, tu é rapida...baixinha.-Ele diz sorrindo, como sempre.

—Ta né!

Pedro—Tu veio, a pé?!

—Sim.

Pedro—Vem, eu te dou uma carona.-Ele diz pegando, uma das sacolas, e indo na minha frente.

—Que?!Não precisa, eu não moro muito longe.

Pedro—Mesmo assim.-Ele diz, colocando as sacolas no banco de trás, e abrindo a porta do carro pra mim.

—Pedro.Sério, não precisa.

Pedro—Entra.

    Entro no carro, e ele faz a volta.Ele entra no banco do motorista.

—Tu é maior de idade?!

Pedro—Não.Pra que lado é sua casa?-Aponto, e ele segue.

—E teu pai deixa tu dirigir, assim?!vira aqui.-Digo pontando.

Pedro—Bem...quando ele está de bom humor sim.Afinal, ele me ensinou.Então eu tenho que botar em prática.

—Meu pai também me ensinou a andar de moto.Vira aqui!Mas nem sempre deixa eu dirigir.-Digo olhando para frente.

Pedro—Olha, temos uma motoqueira.-Ele diz sorrindo.

—Vira aqui.Então tu disse que eu cantei na tua igreja.Qual é?

Pedro—Ela fechou, por isso fui pra Herdeiros do Reino.

—Então vou ter que te aturar até na igreja?!-Digo rindo.-Vira aqui.

Pedro—Sério?Tu é de lá?....então sim.-Ele diz rindo.

—Encosta naquele predio, com grade preta.-Digo apontando.

   Ele encosta...desce, e me alcança as sacolas.

—Obrigada pela carona.-Digo pegando as sacolas.

Pedro—Não tem de que.Até amanhã.-Ele diz sorrindo, e estendendo a mão.

—Até.-Aperto a mão dele, e entro no prédio.

    Procuro o porteiro para perguntar se tinha alguma conta, mas não encontrei.Na verdade, eu estava enrolando pra não subir as escadas, mas não teve jeito.Sério, eles tinham que arrumar esse elevador.Isso só pode ser sacanagem!
   Subo as escadas, e quando chego no sétimo andar, já estava  morrendo.Olho pra cima e vejo que falta muito.Três andares ainda.Crio coragem e volto a subir.
   Quando chego em casa, largo as sacolas em cima da mesa.

Mãe—Por que demorou tanto?!-Ela diz, secando as mãos.

—Estava muito cheio, e a senhora pediu pra mim pegar mais coisas.-Digo, procurando minha barra de chocolate, e minha Coca-Cola.

Mãe—Então ta.Muito obrigada.-Ela diz, revirando as sacolas.

    Vou pro quarto, olho o celular e são quase 16:30.Escolho uma roupa mais quentinha, e tomo um banho rápido.Quando saio do banho, me sento na cama, e começo a pensar na minha conversa com o Pedro.Sorrio por algum motivo.
    Ponho o filme que eu estava tentando assistir, e minhas "gordices", e é claro meu celular!
   Quando vejo, tem algumas mensagens no WhatsApp.Respondo algumas e percebo que uma delas,era de Pedro.

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  Oi baixinha!Se, gostei muito de conversar contigo hoje.
  Espero que a gente converse daquela forma de novo.
 
   Tchau!

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Também espero Pedro...

Texto corrigido por evergalaxy