*(N/A: Passa-se em 2009)*
Já em frente à porta da casa, toquei à campainha. Estava um pouco ansiosa, pois não sabia o que me esperava. De qualquer das formas, nunca fui uma pessoa de esquisitices, não era agora que começaria a sê-lo.
Breves momentos depois, o som do trinco da porta fez-se ouvir, o que deu a entender que a porta de entrada daquela majestosa casa, estaria a ser aberta, e em míseros segundos consigo decifrar um sotaque britânico num rápido «Olá». Levanto a cabeça com a intenção de conhecer a origem de onde aquela simples palavra viera. Quando o faço, deparo-me com uns olhos castanhos, um castanho dourado que se assemelha bastante ao das avelãs e bolotas que vejo no outono, enquanto caminho pela floresta, para me dispersar de tudo o resto, ver a natureza, senti-la, cheirá-la, sentir aquela leve brisa de outono nos cabelos, ver as imensas cores que enfeitam todo o caminho com folhas coloridas e ramos partidos... Humm… Concluindo, uns olhos que me fazem esquecer de tudo o resto, fazendo com que me concentre apenas neles, olhos que me levam a sítios inigualáveis e que pelos vistos me fazem lembrar de momentos florestais. Aquele pequeno brilho por entre um mar de chocolate… Chocolate… Como adoro essa dádiva dos Deu…«E pronto, lá estou eu a dispersar! Porra, Kayla. São olhos e são lindos, mas para com essas merdas e acorda!»
Imediatamente, desviei o meu olhar daquelas pequenas avelãs, contemplando-o, por inteiro, rapidamente, podendo assim reparar no seu cabelo, liso e castanho, um castanho claro com o que pareciam pequenas madeixas loiras que sobressaíam com a luz do sol que batia nas mesmas fazendo-as, assim, brilhar. Por momentos pensei estar a ver o Justin Bieber, um rapaz que ainda vai dar muito que falar, mas não, ele parecia mais alto, largo e maduro, e a meu ver, muito mais bonito. –Olá! Sou a aluna de intercâmbio… Huumm… é aqui a casa da família Payne, certo?-falei eu, de forma a cortar o momento constrangedor de silêncio, que se encontrava entre nós. Tentei não soar nervosa ou algo do género, mas parece que não deu resultado. O apelido da família que me iria "acolher" tinha sido um extra da minha mãe, digamos assim. "Assim, é mais fácil de os encontrar!"
O facto é que o rapaz á minha frente, distraiu-me completamente. Digamos que tinha uma espécie de chegada, preparada, com tudo que tinha a dizer planeado, mas agora, nem vale a pena, a única que encontro no meu cérebro, neste momento, são meras letras, sem qualquer sentido.
– Sim, é! – confirmou-me. Não me digas que vou ter que ficar a viver com ele… Estes olhos durante um ano.... A verdade é que sempre amei olhos castanhos, talvez devido ao simples facto de não possuir tal cor nas minhas próprias órbitas.
Sim, podes achar que não funciono da melhor maneira, mas queres o quê?! Culpa as hormonas, elas é que me fazem enlouquecer por olhos castanhos, especialmente por estes…«Calma Kayla, talvez ele seja só uma visita, quem sabe. Acalma-te. Age normalmente!» Estupidez no nível máximo... Sinceramente. Será possível ser mais estúpida? Ainda agora vi o rapaz e já estou a agir como uma rapariga histérica…
- Então,… Eu sou a Kayla, Kayla Jöhn. E tu?-não, não é diferente. O “Jöhn” lê-se da mesma maneira que “John”, basicamente o trema está presente no “o” pois o meu pai é sueco mas tem pai irlandês: William Johnson; a minha avó, uma sueca pura, queria que o meu pai tivesse algo da sua nacionalidade no apelido do filho, então decidiram que encurtariam o “Johnson”, logo “John”, e acrescentariam o trema para representar a língua.
Não ficaste confuso? Dou-te os meus parabéns!
– Eu sou o L… Liam, Liam Payne! –apresentou-se, um pouco tremule, por sinal. «Bela voz!» Aquele timbre, grave, soava deliciosamente aos meus ouvidos- Muito prazer, Kayla.
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Undercover (Liam Payne)
Teen Fiction"Sou egoísta, impaciente e um pouco insegura. Cometo erros, descontrolo-me e às vezes tenho mau feitio. Se não conseguires suportar-me no meu pior, certamente também não me mereces no meu melhor." - Marilyn Monroe Kayla Jöhn, uma estrela de 14 anos...