Capítulo Três: Bloody Cheeks

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        -Não, deves estar a confundir-me com alguém!-tentei desviá-lo dessa ideia, mas aposto que não vai resultar. A maneira como me olhava…. Ele já tinha descoberto e tinha certezas de quem eu era.

        -Ah já sei! Tu és a Kayla Jöhn, a grande sensação no mundo dos artistas! – yap. Eu disse. -Eu nem acredito que estás em minha casa! – ele estava contente e surpreso ao mesmo tempo- uma espécie de ataque típico Fangirling ou deveria antes dizer Fanboying? Mas acho que fico apenas pelo surpreso.

        -Quem não acredita sou eu!-tinha a certeza que iria ser reconhecida por alguém, mas tinha uma pequena esperança que isso não fosse acontecer…não muito cedo… Também ele iria viver comigo, a uma certa altura teria de acontecer... 

        'A tentar mentalizar-se sobre a merda que lhe acontece, que linda!'-o meu subconsciente é sempre aquela base (sente o puro gozo na frase)!

        "Se estivesses caladinho era melhor! Mais seguro para ti!"- ameaço, de uma certa forma. Aqui tens mais uma prova do quão excelente o meu estado mental é. Ameaço-me a mim própria. Ah, que coisa tão maravilhosa (ou então não)!

        Fodasse. Sentia-me revoltada, por não o ter conseguido esconder, assustada… Caralho, meu! - Ouve Liam, eu posso sair daqui, se quiseres eu vou para um hotel, deixo-te em paz e assim ficas em paz e não és perseguido, ou qualquer coisa do género, por pessoas que não têm mais nada que fazer e…- aquilo suava estúpido. Muito estúpido.

         -Calma!... Ok? Tem calma! Porque é que irias para um hotel, quando tens esta linda casa com um rapaz delicioso a viver nela, hein? E além disso os meus pais sabem quem és e tudo mais. A casa é deles, se eles te querem aqui, eu não te deixo ir embora, minha menina.– ele interrompeu-me acabando o seu pequeno discurso com um piscar de olhos e um sorriso, e apesar de aquilo ser um assunto sério, sorri, ele é um rapaz querido, apesar de um pouco convencido.

        Não convencido o suficiente, para me fazer não gostar dele, pois eu detesto pessoas assim, mas convencido o suficiente para o achar um idiota, num bom sentido- Mas, porque vieste? E porquê, como aluna de intercâmbio? -espero não ter de explicar esta história a muita gente.

        -Eu vim… bem, porque a minha vida estava numa total confusão. Eu já nem sabia distinguir o bem do mal, eu só queria voltar a ser uma rapariga normal outra vez, pelo menos por mais um único minuto da minha vida. Sabes, respirar… Tornou-se tudo demasiado. Preciso de algum tempo longe… Tu deves saber um pouco daquilo que se passou… - referia-me ao facto de ter entrado numa clínica de reabilitação no passado novembro, era de conhecimento geral, uma polémica basicamente, pois tinha apenas 13 anos, estava á beira de um esgotamento e tinha várias emoções á flor-da-pele, a minha mente não estava no seu melhor estado (muito pior do que que ameaçar o meu próprio subconsciente, acredita). Lembraste daquela experiência não agradável? Era a isto que me referia. - Londres pareceu-me o local ideal para começar de novo. Todas as vezes em que viajei por estas terras inglesas, nunca tive a oportunidade de ficar mais do que quinze dias e visitar e explorar tudo que existe aqui, acho que é isso que quero agora. – aí senti uma lágrima a escorrer pelo meu rosto, lembrar-me do que se passou no passado deixou-me desconfortável... 

        Limpei-a rapidamente. Não gosto de chorar, principalmente em frente de pessoas. Faz-me parecer fraca, o que é uma vantagem para quem me odeia.

        -Hey! Não chores! –disse-me carinhosamente enquanto me acariciava as bochechas com os seus polegares e me olhava nos olhos. Ok, Liam… eu não sei o que estás a tentar fazer mas se o teu objectivo é tentares acalmar-me estás a conseguir o completo oposto. A verdade é que ele estava a deixar-me mais nervosa, o seu toque…

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⏰ Última atualização: Aug 22, 2014 ⏰

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Undercover (Liam Payne)Onde histórias criam vida. Descubra agora