Capítulo 5

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Era uma três da manhã e estava tocando uma música extremamente alta no final do corredor.

Estava de pijama e não pensava em trocar, coloco minha pantufa e vou até onde vinha o som.

Bato na porta porta e quem abre é o Yan. Não pode ser.

- Olá querida vizinha, quer se juntar a nós? - pergunta ele abrindo a porta e posso ver uma festa rolando... Mas a casa não era dele, pois ele morava na frente da minha.

- Só quero que você abaixe o som! - falo e ele sorri e chega perto de mim.

- Querer não é poder - fala o mesmo, me fazendo bufar.

- Tudo bem aqui? - pergunta uma voz e quando Yan sai da minha frente vejo Gustavo. Ele sorri para mim.

- Pode abaixar o som? Por favor! - falo e ele cruza os braços.

- Posso pensar no caso - fala ele se encostando na porta.

Só pode estar de brincadeira comigo.

- Meu Deus! São três da manhã e tem gente querendo dormir! - falo irritada e ele arqueia as sobrancelhas.

- Hum... Talvez eu consiga abaixar um pouco o som! - fala ele e eu dou um sorriso.

- Obrigada! - falo e mostro* a língua para Yan que faz uma careta.

- De nada! - fala ele me olhando com um sorriso de lado.

Volto para meu apartamento é quando vou ver, eles ainda estavam lá conversando algo baixinho.

Quero ver eles acordarem cedo amanhã.

Deito na minha cama e fico olhando para o teto. Não conseguia dormir, por mais que eles já tinham abaixado o som.

  A faculdade começa daqui uns 5 dias, então, é melhor eu ir comprar algumas coisas para meu apartamento.

(•••)

Após uma péssima noite de sono, levanto e tomo banho.
Assim que saio do banheiro, vou para meu quarto e visto uma calça jeans branca, uma regata preta e meu tênis. Faço uma maquiagem simples e amarro meu cabelo num rabo de cavalo.

Faço café e fico conversando com meus pais pelo celular.

Saudade. Era isso que eu sentia. Um sentimento forte de saudade.

Pesquiso alguns lugares pelo celular e, quando vou sair do apartamento, lembro que não paguei minha bolsa. Corro até lá e quando vou sair na porta, trombo com alguém.

- Desculpe! - falo fechando a porta do meu apartamento e trancando.

Quando vou ver quem é, faço uma careta.

- Tudo bem! - fala Yan com um sorriso.

Vou para o elevador mais rápido, pensando que não irei precisar ir com ele, mas pensei errado. Ele entra e escolhe o primeiro andar e ficamos em silêncio desde então.

Começo a pesquisar números de táxis pelo celular, mas sou interrompida quando ele pega meu celular.

- Táxi? - pergunta como se fosse brincadeira e eu faço uma careta e tento pegar meu celular.

- Me devolve! - falo brava e ele ergue o braço.

Quando eu ia pular a porta do elevador abre e Gustavo entra.

- Tudo bem? - pergunta ele e Yan ri.

- Ela vai pegar táxi - fala Yan, me devolvendo o celular.

- Quer carona? - pergunta Gustavo e eu arregalo os olhos.

- O que? - pergunto junto com Yan.

- Carona, você quer? - pergunta e o elevador começa a descer.

- Você vai aonde? - pergunto.
Não queria atrapalhar.

- Vou ir numa loja de decoração... - fala envergonhado e eu concordo.

- Por favor! - falo e ele sorri.

Yan me olha estranho e eu faço uma careta.

  Quando o elevador para, desço correndo.

- Olá querida! - fala o Sr José, o porteiro.

- Tudo bem? - pergunto enquanto Yan e Gustavo conversam.

- Tudo sim e você? - pergunta ele e eu dou um sorriso.

- Também! - falo e Gustavo chega ao meu lado.

- Vamos? - pergunta e eu concordo.

O Sr José olho para nós dois com um sorriso.

- Tchau! - falo para ele, seguindo Gustavo até o estacionamento.

Ele estava meio estranho após falar com Yan.

Ele chega num Audi A7* e abre a porta para mim. Entro sem falar nada. Uau.

- Você quer se escolher a loja? - pergunta ele entrando no carro.

- Não, pode ser qualquer uma - falo e ele sorri, ligando o carro.

Fico olhando meu celular, pois estava com vergonha.

- Então, veio fazer o que aqui? - pergunta ele e eu eu olho para o mesmo, que estava fixo na estrada.

- Estudar - falo e ele dá uma risadinha, como se já tivesse escutado isso.

 - Gostou daqui? - pergunta ele, dessa vez me olhando.

 - Com certeza! - falo sorrindo e ele ri.

 - É um belo lugar mesmo! - fala ele e, voltando seu olhar para a estrada, eu concordo.

Quando ele estaciona, na frente da loja, desço rápido e vou para a frente da loja, esperar Gustavo.

 - Animada? - pergunta ele, fechando a porta do carro.

 Concordo com a cabeça e ele ri vindo até mim.

 Entramos na loja e a moça do caixa nos olha estranho.

 - Bom dia, Gustavo! - fala a moça, olhando para mim e dando um sorriso estranho.

 Gustavo apenas dá um sorriso e vai até o fim do corredor e eu vou seguindo-o.

 O corredor tinha vários quadros... Um mais bonito que o outro. Eu olhava um por um e Gustavo me seguia.

 - Quer uma cestinha? - pergunta Gustavo e eu me viro.

 - Por favor! - peço e ele vai buscar.

  Pego um dos quadros, mas quando alguém toca meu ombro quase derrubo.

 - Tudo bem? - pergunta Gustavo com um carrinho.

  - Quase me matou do coração! - falo colocando o Quadro no carrinho.

 - Desculpe! Você estava distraída! - fala se explicando e eu faço uma careta.

 Ficamos em silêncio e vamos andando pelos corredores pegando as coisas e colocando no carrinho.

 Vou pegar uma luminária, mas parece que Gustavo teve a mesma ideia que eu.

 - Pode pegar - fala Gustavo com a mão em cima da minha.

  - Não, tudo bem! - falo soltando a mão, mas quando vou me levantar ele também faz isso e batemos a cabeça.

 - Desculpe! - falo rindo e dou um tropeço, mas ele me segura.

 Seu rosto estava perto do meu, eu podia ver um brilho em seus olhos. Não. Não pode ser. 




Tudo Culpa do AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora