Seu rosto estava muito perto do meu, sinto meu rosto esquentar.- Tudo bem? - pergunta ele me colocando de pé e eu concordo.
- Olha, tem outra luminária - digo apontando para uma que estava ao lado.
- Ah, acho que somos cegos - brinca ele e eu dou um sorriso.
Droga. Estava com vergonha.
Pego as duas luminárias e coloco no carrinho.
- Só isso? - pergunta ele e eu olho para o carrinho.
- Por mim sim... - digo e ele concorda.
- Por mim também - diz ele e vamos até o caixa.
A garota me olha dos pés a cabeça e faz uma careta.
- Vai ser tudo junto? - pergunta ela e eu olho para ele e nego.
- Não - fala ele e eu dou um sorriso amarelo para ela.
Ele coloca minhas coisas no caixa e a moça vai somando. A moça fala quanto deu e eu passo na frente dele, para pagar. Ela coloca na sacola e deixa do lado, sem olhar nos meu olhos.
Vou para o lado, para Gustavo passar suas coisas.
- Tudo bem? - pergunta a garota enrolando um cacho no dedo.
Meu Deus.
- Tudo sim - fala Gustavo educado.
- Vai estar livre de noite? - pergunta ela e eu arregalo os olhos.
- Na verdade não - fala ele vermelho e eu seguro o riso.
- Ah - fala a garota e me olha feio.
- Está comprometido? - pergunta ela e Gustavo coloca a mão na nuca.
Ele queria dar um fora ela, mas não queria magoá-la.
- Sim - digo me intrometendo e passando os braços em volta de Gustavo.
- Ah - ela fala e me olha feio.
Gustavo paga e ele dá tchau, mas ela nem olha em sua cara. Saímos e ele me olha.
- Obrigado - ele fala e abre o porta-malas e coloca as sacolas lá.
- De nada - digo entrando no carro.
- Quer ir no Starbucks? - pergunto e ele me olha e liga o carro.
- Na verdade, an... Eu não vou no Starbucks - diz ele e eu mordo o lábio.
- Não gosta de café? - pergunto e ele dá um sorriso falso.
- Não, eu só parei de ir lá alguns anos... - ele fala e eu abro a boca, mas não sei o que então fecho.
- Mas tem um café aqui perto se quiser ir... - ele fala e eu olho para ele com um sorriso e concordo.
Ele liga o carro e vamos ao tal café.
Ele era bem rústico. Pegamos uma mesa perto da janela.
- O que vão querer? - pergunta o garçom surgindo do além.
- Um café e um sanduíche de frango - fala Gustavo e eu olho o cardápio.
- Com leite? - pergunto o moço e Gustavo nega.
- Eu quero um café com leite, um pão de queijo, um pedaço de torta salgada e - falo apontando para a tal torta - um pedaço de bolo - digo e o garçom fica me encarando- ah, mais um suco de laranja - digo e ele anota, mas me olha assustado.
- O que? - pergunto sem entender e olho para o Gustavo que estava com um sorriso e os olhos arregalados.
- Nada! - falam juntos e eu dou de ombros.
Pego meu celular na bolsa e mando uma mensagem para minha mãe.
- Vai conseguir comer tudo? - pergunta Gustavo e eu guardo o celular na bolsa.
- Vou sim - digo e ele sorri - O que?! - pergunto e ele me olha com um sorriso de lado.
- Você me lembra uma pessoa - ele fala e eu dou um sorriso.
- Espero que alguém bom - falo e ele dá uma risada.
- É sim - fala e eu olho para o lado de fora onde tinha um senhor com roupas sujas e deitado no chão pedindo dinheiro para as pessoas.
Fico encarando aquilo e olho o garçom que estava vindo com os pedidos.
Ele deixa em cima da mesa, pego o prato com a torta e o suco e vou até lá fora.
- O que aconteceu? - pergunta Gustavo vindo até mim.
- Nada.
Fico de frente com o senhor.
- Tudo bem? - pergunto e ele me olha.
- O que quer? - pergunta grosseiro e eu entrego a torta e o suco.
- Você precisa disso mais que eu... - digo e ele me olha com um sorriso.
- Obrigado - ele fala comendo a torta. Parece que ele não come a tempo.
Gustavo olha para mim com a boca aberta, mas não fala nada.
- Cuide dela, querido. Ela é uma pessoa boa! - fala o senhorzinho e eu dou um sorriso.
- Irei sim! - fala Gustavo e segura minha mão, me puxando para dentro do estabelecimento.
Sentamos e ele fica me encarando.
- O que? Ele realmente precisava daquilo! - digo e ele dá um sorriso.
- Não falei nada - diz erguendo as mãos em forma de rendição.
Começamos a comer e ficamos em silêncio desde então.
- Terminou? - pergunta ele com um sorriso.
- Sim! - digo com a boca cheia.
- Vou lá pagar! - ele fala e eu me levanto, tomando o resto do café.
- Calma! - digo pegando a bolsa e indo junto.
- Eu pago - diz ele e eu nego.
- Pode deixar que eu pago - digo, pois eu pedi mais coisa que ele.
- Então tá bom - digo dando de ombros.
Só queria ser educada mesmo.
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Ooi pessoas! Espero que tenham gostado!
Só sei que teve várias lembranças do Gustavo hein!
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Era para o capítulo ter sido postado ontem, mas eu não tinha conseguido terminar... Mas espero que tenham gostado!
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Tudo Culpa do Acaso
Ficção AdolescenteUm Avião. Um Elevador Um Medo. Uma Salvação. Um Amor. Um Acaso. Uma História. Eu nunca imaginaria que o "Acaso" existiria, nunca acreditei nessas coisas. Nunca acreditei em Amor a primeira vista, mas quem falou que não existe? Mas nunca tente en...