Capítulo 6

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Seu rosto estava muito perto do meu, sinto meu rosto esquentar.

- Tudo bem? - pergunta ele me colocando de pé e eu concordo.

- Olha, tem outra luminária - digo apontando para uma que estava ao lado.

 - Ah, acho que somos cegos - brinca ele e eu dou um sorriso.

 Droga. Estava com vergonha.

  Pego as duas luminárias e coloco no carrinho.

 - Só isso? - pergunta ele e eu olho para o carrinho.

 - Por mim sim... - digo e ele concorda.

 - Por mim também - diz ele e vamos até o caixa.

 A garota me olha dos pés a cabeça e faz uma careta.

 - Vai ser tudo junto? - pergunta ela e eu olho para ele e nego.

 - Não - fala ele e eu dou um sorriso amarelo para ela.

 Ele coloca minhas coisas no caixa e a moça vai somando. A moça fala quanto deu e eu passo na frente dele, para pagar. Ela coloca na sacola e deixa do lado, sem olhar nos meu olhos.

 Vou para o lado, para Gustavo passar suas coisas.

 - Tudo bem? - pergunta a garota enrolando um cacho no dedo.

 Meu Deus.

 - Tudo sim - fala Gustavo educado.

 - Vai estar livre de noite? - pergunta ela e eu arregalo os olhos.

 - Na verdade não - fala ele vermelho e eu seguro o riso.

 - Ah - fala a garota e me olha feio.

 - Está comprometido? - pergunta ela e Gustavo coloca a mão na nuca.

 Ele queria dar um fora ela, mas não queria magoá-la.

 - Sim - digo me intrometendo e passando os  braços em volta de Gustavo.

 - Ah - ela fala e me olha feio.

 Gustavo paga e ele dá tchau, mas ela nem olha em sua cara. Saímos e ele me olha.

 - Obrigado - ele fala e abre o porta-malas e coloca as sacolas lá.

 - De nada - digo entrando no carro.

 - Quer ir no Starbucks? - pergunto e ele me olha e liga o carro.

 - Na verdade, an... Eu não vou no Starbucks - diz ele e eu mordo o lábio.

 - Não gosta de café? - pergunto e ele dá um sorriso falso.

 - Não, eu só parei de ir lá alguns anos... - ele fala e eu abro a boca, mas não sei o que então fecho.

 - Mas tem um café aqui perto se quiser ir... - ele fala e eu olho para ele com um sorriso e concordo.

 Ele liga o carro e vamos ao tal café.

 Ele era bem rústico. Pegamos uma mesa perto da janela.

 - O que vão querer? - pergunta o garçom surgindo do além.

 - Um café e um sanduíche de frango - fala Gustavo e eu olho o cardápio.

 - Com leite? - pergunto o moço e Gustavo nega.

 - Eu quero um café com leite, um pão de queijo, um pedaço de torta salgada e - falo apontando para a tal torta - um pedaço de bolo - digo e o garçom fica me encarando- ah, mais um suco de laranja - digo e ele anota, mas me olha assustado.

 - O que? - pergunto sem entender e olho para o Gustavo que estava com um sorriso e os olhos arregalados.

 - Nada! - falam juntos e eu dou de ombros.

 Pego meu celular na bolsa e mando uma mensagem para minha mãe.

 - Vai conseguir comer tudo? - pergunta Gustavo e eu guardo o celular na bolsa.

 - Vou sim - digo e ele sorri - O que?! - pergunto e ele me olha com um sorriso de lado.

 - Você me lembra uma pessoa - ele fala e eu dou um sorriso.

 - Espero que alguém bom - falo e ele dá uma risada.

 - É sim - fala e eu olho para o lado de fora onde tinha um senhor com roupas sujas e deitado no chão pedindo dinheiro para as pessoas.

 Fico encarando aquilo e olho o garçom que estava vindo com os pedidos.

Ele deixa em cima da mesa, pego o prato com a torta e o suco e vou até lá fora.

 - O que aconteceu? - pergunta Gustavo vindo até mim.

 - Nada.

 Fico de frente com o senhor.

- Tudo bem? - pergunto e ele me olha.

 - O que quer? - pergunta grosseiro e eu entrego a torta e o suco.

 - Você precisa disso mais que eu... - digo e ele me olha com um sorriso.

 - Obrigado - ele fala comendo a torta. Parece que ele não come a tempo.

 Gustavo olha para mim com a boca aberta, mas não fala nada.

 - Cuide dela, querido. Ela é uma pessoa boa! - fala o senhorzinho e eu dou um sorriso.

 - Irei sim! - fala Gustavo e segura minha mão, me puxando para dentro do estabelecimento.

 Sentamos e ele fica me encarando.

 - O que? Ele realmente precisava daquilo! - digo e ele dá um sorriso.

 - Não falei nada - diz erguendo as mãos em forma de rendição.

 Começamos a comer e ficamos em silêncio desde então.

  - Terminou? - pergunta ele com um sorriso.

 - Sim! - digo com a boca cheia.

 - Vou lá pagar! - ele fala e eu me levanto, tomando o resto do café.

 - Calma! - digo pegando a bolsa e indo junto.

 - Eu pago - diz ele e eu nego.

 - Pode deixar que eu pago - digo, pois eu pedi mais coisa que ele.

 - Então tá bom - digo dando de ombros.

 Só queria ser educada mesmo.

 __________

 Ooi pessoas! Espero que tenham gostado!

Só sei que teve várias lembranças do Gustavo hein!

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Era para o capítulo ter sido postado ontem, mas eu não tinha conseguido terminar... Mas espero que tenham gostado!


Tudo Culpa do AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora