"What can I do?"

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Depois de quase um ano fora, finalmente em casa.

Assim que eu termino a ligação com os meus pais, avisando que havia chego e que estava tudo bem me jogo na cama do jeito que eu cheguei mesmo. Melhor deixar as malas para depois.

Foi um longo ano fazendo esse intercâmbio na América, foi uma experiência incrível com todos os seus pontos altos e baixos. Claro! Sempre tem que ter um bendito porém para algo não ser perfeito.

Conheci pessoas maravilhosas no lugar onde eu fiquei, dei a sorte de encontrar uma casa de uma família aqui da Coréia que me acolheu de bom grado e eu particularmente os amei. O senhor e a senhora Kim me receberam de braços abertos, assim como seu filho mais novo, Aj é um amor.

Tudo corria bem até o fim do segundo mês.

Eu disse que o Kim mais novo é um amor, bom, não posso dizer o mesmo do seu irmão mais velho.

Pois é, Meu porém tem nome e sobrenome.

Kim Woosung.

Não que ele não seja uma boa pessoa, ele até é legal quando quer. O problema eram suas brincadeirinhas e provocações, resumindo um pouco ele não me deixava em paz.

Em menos de uma semana ele conseguiu tirar toda a inspiração que eu estava conseguindo ter para as minhas pinturas. Já que um certo platinado estudante de fotografia resolvia perturbar os meus pensamentos e não sair da minha cabeça por um bom tempo. Horas desenhando e tudo o que aparecia no papel A3 a minha frente eram os fios descoloridos de Woosung numa paisagem ensolarada, eu tenho esse rascunho até hoje.

Ficou muito bom para jogar fora.

Tudo correu bem nos longos oito meses que eu residi na casa dos Kim, tirando o fato que as vezes me ocorria uma leve vontade de devolver a cor para os fios brancos daquele garoto na base do tapa.

O fato dele ter ido para um lugar desconhecido por mim ajudou um pouco, as últimas semanas lá foram as mais tranquilas, mesmo que lá no fundo eu tenha sentido falta dele.

Contenho a vontade de mandar uma mensagem para minha amiga já que passa da meia noite e ela provavelmente já deve estar em sono pesado.

Me levanto da cama resmungando por sair do conforto e me direciono ao banheiro para um longo banho.

[…]

— Myung! — ouço meu nome e me viro a tempo de ver Eunji correndo desengonçada com sua bolsa.

— Eunji! — abro meus braços para a mais nova, que não demora me abraçar.

Adoro os abraços dela, pelo simples fato de ser mais alta que eu. Me sentia como se estivesse sendo enrolada. Pois é sou um ano mais velhas, mas quase dez centímetros mais baixa.

Ela me encarava sorridente, radiante como a muito tempo eu não via. Quando eu saí do país Eunji estava cabisbaixa, mais quieta que o normal, no entanto a velha Eunji estava de volta. Com seu lindo sorriso no rosto.

— Me conta, como foi sua jornada de estudos para novas inspirações? — seu comentário me faz rir.

Contei para ela como foram as aulas desses meses incríveis, como os professores eram, o jeito que o senhor e a senhora Kim me receberam e todas as boas experiências que tive enquanto estava fora.

— tirando o fato de que o filho mais velho deles tinha o hábito de testar minha paciência a cada cinco minutos foi tudo ótimo. — Ela começa a rir.

— Ele não deve ter medo do perigo. — Eunji continua a rir.

Eu realmente me controlava para não soca-lo em respeito à senhora Kim, Mas que eu tinha vontade eu tinha. Todas as vezes que ele surgia do nada com àquela câmera, tirando inúmeras fotos minhas em momentos que eu não esperava que estivesse sendo fotografada eu tinha vontade de jogar um pote de tinta em cima dele, só para ficar esperto.

It will Change » » Kim Woosung Onde histórias criam vida. Descubra agora