Capítulo 11

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Toni Topaz Point Of View

Eu sempre gostei de exercícios físicos, sabe? Caminhar, correr, fazer academia, lutar e até já joguei basquete. Mas a minha maior paixão sempre foi a dança, e se eu posso me gabar de alguma coisa, a dança é essa coisa. Eu não tenho vergonha de dizer que sou uma ótima dançarina, porque sou mesmo.

"Nossa quanto egocentrismo", pode parecer egocêntrico, mas eu não vou mentir dizendo que não sei dançar, porque eu sei e sempre me dedico ao máximo para ser a melhor em tudo. Em qualquer coisa que eu faça, me dê uma meta e eu farei de tudo para alcançá-la. Até hoje eu nunca falhei em nada, somente em uma coisa. Uma maldita meta que eu ainda estou lutando e lutarei muito ainda para alcançar.

O amor de Cheryl Blossom.

"Meu Deus Toni, essa garota de novo? ", sim, essa garota de novo. Porque ela não é só uma garota, ela é o amor da minha vida. E eu penso que o amor é uma das poucas coisas que se deve lutar na vida, e eu lutarei firmemente até conseguir tê-la para mim novamente. Eu quase consegui uma vez, mas fui burra o bastante para perdê-la. E agora eu tenho um pepino muito maior para cortar, mas eu não vou desistir.

Desistir está fora de cogitação.

Diminuí os passos da minha corrida até finalmente parar na parte onde haviam várias árvores no parque. Apoiei as mãos nos joelhos por alguns instantes, apenas para regularizar minha respiração. Tomei praticamente metade do conteúdo em minha garrafinha e apoiei uma mão na grande árvore a minha frente, apreciando a sombra e a brisa fresca que batia contra o meu corpo quente.

Eu gostava muito daquele parque, sempre que eu podia eu vinha caminhar ou apenas ficar sentada embaixo de alguma árvore quando morava aqui. Confesso que isso foi uma das coisas que mais senti falta quando fui embora. Fechei os olhos e me deixei sentir novamente tudo o que eu havia sentido e passado nesse mesmo parque.

Apenas abri os olhos quando escutei um latido e algo colidir com a minha perna. Olhei para baixo e sorri ao ver um belo Golden Retriever sentado e me encarando com a língua de fora. Ele abanava o rabo constantemente e eu sabia que isso era sinônimo de felicidade para os cachorros.

- Hey garotão! – Me abaixei deixando a garrafinha no chão e segurando sua cabeça em minhas mãos. – Você é bem bonito, hein. Olha só esse pelo brilhoso! – Comentei alisando seu pelo macio como se ele pudesse me entender. – Acho que você tem dono, não é? Não se deve fugir deles, garotão. – Eu estava me sentindo uma idiota por estar repreendendo um cachorro, mas quem liga? – Você é muito familiar, sabia?

Percebi que sua coleira tinha uma plaquinha, a virei e arregalei os olhos ao ler o nome "Marlon" gravado ali. Quais as chances de existir um Golden Retriever chamado Marlon em Los Angeles, e que não seja de quem eu estou pensando?

- Marlon! Por Deus, não saia correndo assim. – Escutei uma voz gritar e não atrevi me virar, pois reconheci muito bem aquela voz doce e suave. – Obrigada por ter segurado ele. Eu não sei o que aconteceu, geralmente ele não sai correndo para longe de mim.

- Sem problemas! – Respondi me virando e tendo a certeza de que era Cheryl ali. É, as chances são bem grandes.

- Toni? – Cheryl perguntou surpresa e eu apenas lhe lancei um sorriso de canto. Ela abriu a boca algumas vezes, mas não disse nada. Marlon latiu e eu o encarei sorrindo em seguida, era muito bom vê-lo novamente.

- Ele está enorme! – Comentei fazendo carinho atrás de sua orelha, sorrindo mais ao vê-lo deitar a cabeça em minha mão e fechar os olhos. – E bonito também.

- Eu sei, faço questão de cuidar devidamente dele. Sabe, eu não podia abandoná-lo. – Cheryl disse e eu pude sentir o tom sarcástico em sua voz, mas preferi ignorar.

𝐨𝐧𝐞 𝐥𝐚𝐬𝐭 𝐭𝐢𝐦𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora