Era quase sete da manhã quando Kikwang acordou, o horário que sempre levantava quase todos os dias. Como de costume, espreguiçou-se antes mesmo de abrir os olhos, tomando cuidado para não te acordar, porém em poucos segundos ele percebeu que havia absolutamente nada ao lado dele. Assustado, o moreno arregalou os olhos e levantou. Jurava ter dormido com você abraçada a ele; esperou alguns segundos para ver se ouvia algum barulho seu de fora do quarto, mas o único sinal de que você estivera ali era o bilhete em cima do travesseiro.
O papelzinho parecia ter sido rasgado e escrito às pressas, e mesmo sendo poucas palavras, elas machucaram ainda mais Kikwang. "Essa noite foi um erro que não devia ter acontecido, mas já que aconteceu é melhor a gente aprender com ele e seguir em frente sozinhos" eram os seus dizeres a ele. Era a prova de que vocês haviam se reunido como um casal na noite anterior, mas que você tinha partido novamente.
E ele chorou, deu-se a esse direito pela primeira vez desde que ficara naquele apartamento sozinho, o bilhete já estava amassado em suas mãos e pouco a pouco ia ficando mais encharcado com a enorme quantidade de lágrimas. O moreno sentia uma dor terrível em seu coração, como se o mesmo estivesse queimando dentro de si. Um nó se formava no fundo da garganta e ele sentia que seria sufocado a qualquer instante.
Era a dor de ter te perdido. A saudade junto com o arrependimento.Kikwang estava mais do que ciente que fizera algo muito errado e que agora não havia mais qualquer chance de volta e com isso nenhum motivo para ser feliz, muito menos continuar a viver. Ele não conseguiria ficar sem a pessoa que era a vida e alma dele, porém percebeu o óbvio tarde demais.
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Era de tarde, logo após o almoço, quando seus pais perceberam que tinha algo de errado e eles facilmente concluíram que você havia sumido. E foi aí que toda a movimentação na casa do casal começou. Seu pai ficava grudado ao telefone, ligando para todas as pessoas que poderiam saber de você enquanto sua mãe andava de um lado para o outro, imaginando mil e uma coisas diferentes e ficando cada vez mais preocupada e aflita.
- __________ está com ele... Não tem outro lugar possível neste planeta! - seu pai falou após tomar mais um gole do chá de camomila quase frio, deixando o telefone de lado.
- E se ela estiver em uma amiga... - sua mãe, cada vez mais desesperada, tentava achar alguma coisa, alguma desculpa naquela história toda.
- Não vamos nos iludir, tentamos todas as amigas possíveis. - o homem se levantou e pegou o telefone novamente. - Só nos resta uma opção.
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- Ela só pegou alguns livros e foi embora, senhor.Kikwang estava parado no acostamento da via, usava seu pijama e tinha os olhos inchados de tanto chorar. Seu destino final, a Misa Bridge do Rio Han, estava há poucos minutos dali, e fora a ligação do sogro que o impedira de ir diante.
Ele pensou em ignorar e continuar com o plano suicida que dominava sua mente e o guiava sem dó para pôr um fim em toda a dor que sentia, e pouco entendia. Mas aquela chamada fora como um despertar para a realidade, um sinal de que ele, Lee Kikwang estava novamente sendo egoísta e pensando somente na própria dor, sem considerar os sentimentos das pessoas próximas de si.
"Você é um homem horrível!". Ele pensou de si mesmo, porém não era a hora certa de ficar se culpando ou punindo. De acordo com o sogro você havia sumido desde a noite passada e absolutamente ninguém sabia onde estava. A voz do patriarca demonstrava mais do que preocupação e Kikwang sentiu seu lado protetor voltando à tona. Até então ele acreditava que você estava bem, segura, quando na verdade estava em qualquer lugar do planeta, exposta a tudo e a todos.
Não fora necessário pensar duas vezes. Assim que desligou o celular o moreno fez o caminho de volta para Seoul, ignorando a voz interna que ainda tentava fazer ele se jogar da ponte. Antes de tirar a própria vida, Kikwang queria ter certeza de como você estava e por isso se juntou aos seus amigos e familiares para te encontrar.
Ele começou olhando ao redor do apartamento de vocês, estacionou o carro e em passos rápidos foi caminhando entre as pessoas e o comércio, olhava com atenção dentro dos cafés e lojas que você mais gostava; Enquanto isso lembrava de alguns momentos que tiveram, momentos que não pareciam ter importância, mas agora que não passavam de lembranças para Kikwang, tornavam-se cada vez mais significativos.
Após caminhar por quase uma hora ele decidiu parar em um café, no caso o café que vocês dois mais frequentavam. Era um lugar bem pequeno e reservado, onde normalmente você ia atrás de um lugar para se sentarem enquanto Kikwang fazia os pedidos, sempre um Americano para ele e um Caramel mocha para você. E ali passavam horas, com você comumente tentando fazer algo para a faculdade e ele em silêncio te observando.
Ele pediu o mesmo de sempre, mas na realidade não sentia vontade de beber ou comer algo, só queria parar e pensar um pouco nos possíveis lugares em que você estaria, mas parecia cada vez mais impossível. Ele cogitava até mesmo que você tinha saído de Seoul. E foi com a ideia de ir para a outra cidade que Kikwang pulou da cadeira com tudo, assustando as pessoas e quase derrubando o copo de café à sua frente.
-É isso! - ele afirmou, quase gritando e saiu da loja correndo.
Entrou com pressa no carro, dando a partida logo em seguida. Dessa vez sabia muito bem onde estava indo, e queria chegar o mais rápido possível, já que em pouco tempo começaria a escurecer e o pior poderia acontecer a você.
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Lee Kikwang (B2ST)
FanfictionO certo pelo duvidoso? Será que isso pode dar certo? Loveless, useless emotion Don't need your comfort, no thanks Kill all the unnecessary feelings It's meaningless, just put it in the glass Your shattered and broken heart Let's all get wasted...