2: Revenge

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O barulho chato do despertador ecoou próximo ao meu ouvido e meti o travesseiro nele com bastante força, o derrubando do criado mudo que estava.

— Morre. — murmurei, chateada e enfiei minha cabeça entre o colchão e o travesseiro, querendo a todo custo voltar a dormir, mas logo sinto alguém retirar o meu cobertor de cima de mim, me fazendo bufar.

— As duas acordem. Horário da escola. — era o meu pai e me sentei na cama, passando as mãos no rosto e em seguida no cabelo, bocejando.

— Eu quero voltar a dormir. — falou, a Clary e fiquei de pé, cambaleando pro lado esquerdo.

— Nada disso dona, Claryce. Pra aula. — ela bufou e arrumei minha cama.

Levei alguns minutos para fazer todo o processo de sempre. Higiene matinal, se arrumar e por fim tomar café da manhã.

Assim que terminamos tudo, a Clary e eu saímos de casa, dando de cara com uma ranger branca muito bonita em frente a casa do Mark.

— Não enche, pai. — fomos surpreendidas por vozes alteradas.

— Eu tô falando com você, Justin, volte aqui e me ouve. — arregalamos os olhos e vimos o Mark e o Justin discutindo.

— Eu não vou te ouvir merda nenhuma, me deixa em paz. — a Clary me olhou assustada e a puxei pelo braço, indo a caminho da escola pela calçada.

— Por quê eles estavam brigando? — perguntou, olhando pra trás e seguir puxando ela dali o mais rápido possível, não íamos presenciar essa discussão, não era da nossa conta. — Ai, me deixa. — se soltou.

— Não é da nossa conta, tudo bem? — ela bufou e seguimos andando.

— Coitado do Justin, não gostei da expressão dele. — rolei os olhos e olhei para trás, vendo de longe eles dois ainda discutindo. — Ele parece ser legal. — dei uma risada irônica, colocando meus cabelos para o lado, dando-lhes volume.

— Pois eu acho que não.

— Por quê não?

— Porque eu já vi. — ela parou de andar e enrugou a testa.

— Como assim? — respirei fundo e o vimos passar voando naquele carro na rua próxima a gente. — Hein, Hailey? O que você viu?

— Esquece. — dei de ombros e seguimos caminho para a escola.

A Clary colocou os fones de ouvido e foi cantando e dançando durante todo o percurso até o First Option. Já no meu caso fui observando tudo a minha volta, claro, pra conhecer melhor a nova cidade, o que por um breve reflexo me fez lembrar de Los Angeles. Minha antiga casa.

Meus fios loiros voavam e batiam em meu rosto devido ao vento que soprava naquela manhã de terça feira.

As ruas, os bancos, as esquinas, tudo era agradável naquela cidadezinha de Nova York.

— Oi, gatinha? — saí de meus pensamentos, avistando um carro nos seguindo lentamente. — Tá indo pro First Option? — bufei, ignorando e segui andando, ouvindo o barulho do meu salto.

Tec! Tec! Tec!

A cada passo que eu dava naquela calçada.

— Você é muito linda, eu nunca te vi por aqui. — segui ignorando e felizmente chegamos na escola, com o carro estacionando bem em frente dela. — Ou, espera pela gente. — os seus amigos riram e nem dei bola, simplesmente entrei sendo seguida da Clary.

Hoje, diferente de ontem, ninguém me olhou. O que já era um bom começo de dia.

— Oi meninas. — a Clary falou, se aproximando de uma mesa com algumas garotas que pareciam serem montadas na grana e as mesmas logo saíram dali, deixando a mesa vazia. — Ué? — ela me olhou e respirei fundo.

Perfect StrangersOnde histórias criam vida. Descubra agora