Perfect Strangers

3: HockeyClub

Eu ainda estava com raiva e foi preciso SIM fazer o que eu estava prestes a fazer.

O barulho do meu salto ecoava tec! tec! tec! enquanto eu andava pelo corredor principal da escola, indo em direção ao refeitório que com certeza todos os alunos estariam lá.

Olhei em volta, procurando o que eu queria e travei o maxilar, me aproximando da mesa deles e joguei encima da mesa que eles estavam, todas as vassouras e esfregões que as amigas do Bieber me deram ontem pra limpar aquela porcaria de patinação.

Todos me olharam assustados.

— O que é isso? Ficou maluca? — a dos cabelos castanhos claros, a tal da Emily falou, incrédula e ficou de pé, quando joguei as vassouras sobre a mesa perto dela.

— Só vim devolver porque eu não preciso delas. — falei, e ela arregalou os olhos, se afastando. Alguns alunos riram com o acontecido. Ela era típica aquelas patricinhas chatas. — E outra, da próxima vez que vocês armarem pra cima de mim, vocês vão se arrepender. — todos os rapazes fizeram barulho, com a mão na boca, tipo incentivando a gente a brigar, coisa que não ia acontecer, bem, vai depender delas.

— Garota, você é uma mal amada isso sim. — a outra amiga dela, chamada Livy, falou e arqueei as sobrancelhas, rindo com deboche.

— Eu sou mal amada? Vocês que precisam pisar nas pessoas pra se sentirem bem e eu que sou mal amada? — a enfrentei, fazendo os rapazes gritarem novamente, mais uma vez colocando lenha na fogueira pra continuarmos discutindo.

— Foi apenas uma brincadeira. Você não sabe brincar não? — rir com ironia e cruzei os braços.

— Só que eu não achei nada engraçado e não levei nada na brincadeira, vocês usaram um assunto muito sério e isso não tem justificativa.

— Ah garota, para de drama e segue a vida. — enruguei a testa, ficando completamente exaltada.

— Drama? Vocês e seu amiguinho idiota me fazem limpar o espaço de patinação inteiro, falando que era pra uma festa beneficente e o fato de eu me revoltar você chama de drama?

— Já deu, Hailey. — o intrometido falou, interferindo na conversa e me olhou. — Você só colheu o que plantou, ok? Então baixa a bola.

Eu ia mandar ele ir a merda, mas pensei em algo que em frações de segundos iria o irritar.

Abrir um sorriso maldoso, cruzando os braços novamente.

— Como foi com o seu pai ontem? Ele te deu muita bronca por ter dado uma festa as escondidas na casa dele? — provoquei, mudando o assunto e vi ele travar o maxilar. Todos os seus amigos mudaram o semblante, com eles todos me fuzilando.

— Eu desconfiei que tinha dedo seu nisso. — falou, sério e dei uma risada debochada. — Não tinha como meu pai saber disso, aliás ele tinha ido viajar.

— Isso mesmo, mas voltou imediatamente quando eu lhe liguei e dedurei sua querida festinha. — assumi, com todos me olhando, decepcionados, mas eu tava bem foda-se. — E tipo, você colheu o que plantou, Justin. Eu não mandei você armar pra cima de mim. Eu não fiz nada com você. — dessa vez falei normal e calma.

Todos me olharam sérios e ele realmente não era de baixar a cabeça pra ninguém.

— Vai ter volta.

Falou, determinado e arqueei as sobrancelhas.

— Você vai pagar direitinho por ter destruído a minha festa. — pus a mão na boca, fingindo ter medo. — E outra, você não destruiu somente a minha festa, porque todos os meus amigos ajudaram, você destruiu a de todo mundo. — pus uma mão no coração, fingindo está emocionada ao vê-lo se preocupando com os outros.