O olho de Horus é um símbolo de proteção da mitologia egípcia. Para o nossa história, ele dá o nome da irmandade que tem seu principal objetivo: Proteção.
***
Fomos convocados para fazer a segurança do local e do dono da concessionária de automóveis. Era a festa de lançamento do modelo esportivo da marca e apenas a alta sociedade apareceria, além dos funcionários e suas famílias.
Éramos discretos e passávamos despercebidos entre as pessoas. Eu, Tobias e Ivan estávamos devidamente trajados com roupa social, terno e gravata pretos, assim como a camisa por baixo e os sapatos. Nós três mantínhamos nosso cabelo longo solto e barba comprida, mas para a ocasião, prendemos e deixamos apenas uma leve penugem em nosso rosto. De maloqueiros à homens de confiança com apenas alguns minutos no barbeiro.
A intenção era nos misturarmos e evitar qualquer deslize por parte dos convidados. Eram a elite, mas não estavam imunes aos bandidos infiltrados e arruaceiros.
— Da porta central, duas horas — Tobias falou pelo nosso comunicador de ouvido, indicando a posição que deveria olhar. Um casal estava de costas e não consegui focar em nada além das curvas da mulher no vestido vermelho.
— Esse não era o idiota que tentou fazer parte da Horus? — Ivan comentou e andou do outro lado do salão para ter uma melhor visão. — Mas que filho da puta, não avisou que era comprometido.
— O primeiro requisito para estar na Horus é ser solteiro. Pode ser apenas uma acompanhante — digo torcendo para que seja, porque a intenção era tê-la para mim.
Eram poucas as mulheres que despertavam meu interesse apenas pela aparência ou como se portavam, então, sempre as abordavam, até o encanto acabar depois de uma noite de prazer. Pelo menos isso era constante, uma noite e nada mais.
Aproximei dos dois pela lateral e a mão da mulher que segurava a taça de champanhe ostentava em um de seus dedos um anel de compromisso brilhante.
— Merda, é namorada ou noiva — sussurrei, pois passava por entre os convidados e ninguém precisava escutar-me xingando. Bem, ninguém precisava saber que estava de olho na minha próxima transa ao invés de cuidar do salão.
— Lídio já estava fazendo todo o levantamento digital desse cara para ingressar na irmandade, agora, com esse ocultamento de informação, nem precisará terminar. — Ivan voltou para sua posição e fez a ligação para o nosso especialista em investigação.
Quem quisesse estar conosco não poderia ter amarras, de nenhuma forma. Horus requeria pessoas solitárias uma vez que nossas atividades, além de segurança pessoal e proteção do indivíduo, eram libeirais.
Por alguns minutos fiquei observando a mulher, que de interessante passou a ser irresistível. A mão que segurava a taça era sensual, seus lábios vermelhos pelo batom sorriam com malícia e quando seu homem a tocava, ela sussurrava em seu ouvido, com certeza obscenidades.
Tinha um tesão enorme pela atitude confiante e poderosa.
Essa mulher conseguia manter a postura e a classe, mas sem perder sua sensualidade. Seu olhar era confiante, de uma mulher muito bem resolvida, o que me atraía mais ainda. Não tinha saco para as inexperientes e tímidas, quanto mais liberta sexualmente, melhor minha performance na cama e a satisfação mútua.
Assim que o idiota do seu marido se afastou para mostrar o automóvel em exposição a alguém, atrevi-me a abordá-la pelas costas. Queria essa mulher e se ela não me quisesse, não precisava recordar minha aparência.
— Uma mulher como você não deveria estar bebendo sozinha — digo de costas para suas costas e assim que se vira para me encarar surpresa, fico de perfil, sem olhá-la. Apesar disso, consegui visualizar seu enorme decote e seios fartos.
— Minha falta de companhia é apenas temporária, não se preocupe. — Vejo seu sorriso pela minha visão periférica e percebo que está aberta a conversar e flertar pelo seu tom.
— Bom para mim, que pretendo preencher esse momento com muito prazer. — Sorrio com malícia e cruzo meus braços, mostrando todo o meu potencial. Ela fica de lado para mim e entra no meu jogo sem nenhuma intimidação.
— Não sei se acredito, existe muita propaganda enganosa — provocou e sorriu, o que aumentou minha ousadia com as palavras.
— Vestida para despertar a imaginação de todos os homens, a concorrência poderá ser alta, mas não será suficiente para meu poder de persuasão. — Viro meu corpo para ficar de frente às suas costas e faço um movimento com meu quadril, indicando o real significados das minhas palavras.
Indiscreta, vira, olha para baixo e me avalia por completo. Com uma mão na sua cintura e a outra segurando a taça de champanhe, me intima:
— Lado de fora, dois minutos, se você me fazer gritar, farei o melhor boquete que já teve.
Chocado, fiquei sem reação e pensei se realmente essa mulher iria trair seu companheiro em um local tão público, mas sua risada descontraída me fez perceber que sua intenção era apenas essa, me deixar surpreso.
— Estou pronto — respondo tardiamente e para meu deleite, ela passa pelas minhas costas e aperta discretamente minha bunda.
Segui seus passos, mas parei quando ela encontrou seu marido e o fez a agarrar depois de sussurrar palavras em seu ouvido. A demonstração pública de afeto me incomodou, porque as pessoas em volta curtiram o show que não estava sendo protagonizado por mim.
Preferia me exibir do que assistir.
— Acho que alguém ficou interessado pelo fruto proibido — Tobias zombou pelo comunicador.
—Essa mulher ainda será minha, porque esse idiota mentiroso não tem bolas osuficiente para mantê-la — digo convicto.
***
O que será que esse acontecimento tem a ver com a trama toda? O fruto proibido é irresistível e mesmo pelas aparências, será que ela era feliz? Confira o babado todo no capítulo 1!
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Irmandade Horus - Vicenzo (Degustação)
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