Doce Criatura

{Capítulo 4}

"Refletiu nos meus olhos, adeus, solidão
Duas histórias que se cruzam sem intenção
Combustível pra alma, minha inspiração
Povoando minha existência e imaginação..."

(Maneva - Luz que me traz paz)
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{ETHAN}

Não entendo o porque disso estar acontecendo comigo agora, prometi a mim mesmo que não me envolveria emocionalmente com nenhuma outra mulher. Então não, isso não pode e não vai acontecer! Por outro lado, não posso negar a forte atração que senti por Kate assim que meus olhos encontraram os dela. Por Deus, ela está maravilhosa! Esses poucos meses que passei sem vê-la foram o suficiente para que ela desenvolvesse um corpo fenomenal. Não que eu tivesse prestado atenção antes, ela era uma criança e não fazia o meu tipo.

Depois de sair daquela maldita festa entediante, vim pro meu apartamento e aqui estou eu, às 3h da manhã tomando cerveja e pensando enlouquecidamente na melhor amiga da minha prima. Isso é loucura!
Tenho quase vinte e sete anos, sou dono de uma das maiores empresas de tecnologia do país, não posso me dar ao luxo de ficar como um adolescente idiota por causa de uma mulher. Mulher não, criança. Pois é isso o que ela é.

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Algumas garrafas mais tarde, finalmente consegui dormir e, graças a Deus, a doce Katherine não invadiu meus sonhos. Depois de tomar um bom banho frio e fazer minha higiene matinal, estou pronto. Hoje temos um almoço de família. Meus pais costumam fazê-lo uma vez por mês na casa deles no Upper East Side, como sou muito ligado a eles desde que me adotaram, sempre estou por lá. Saio alguns minutos antes do horário marcado pois fiquei de passar no alojamento da NYU para pegar minha prima.
O clima em Nova York hoje está ameno. O céu limpo e a brisa leve, isso quer dizer que o almoço será no jardim dos Bass. Ao estacionar o carro em ao alojamento, avisto Kate ao lado da porta. Merda, ela está mais linda do que ontem, se é que isso é possível. Com uma saia soltinha na metade de suas coxas, uma blusa de alças finas e sapatilha completando o visual de moleca, Kiara aparece minutos depois, puxando Kate pelo braço.

- Oi, primo! Espero que não se importe mas a Kate vai com a gente no almoço de hoje. - diz Kiara ao abrir a porta do passageiro.

Merda, merda, mil vezes merda!
Enquanto eu tento me proteger, o destino está me pregando peças. Que Deus me ajude...

Ela entra, se acomodando no banco de trás e posso vê-la pelo espelho retrovisor.

- Olá, sou a Kate. Prazer em conhecê-lo. - diz e no momento em que me viro para olhá-la, o sorriso em seu rosto se desfaz. Vejo surpresa e um pouco de apreensão em seus olhos. Ótimo, ela está com medo. Apenas faço um cumprimento discreto, mostrando que não quero papo. Quanto mais longe eu ficar dessa garota, melhor.

A viagem até a residência dos Bass foi tranquila. Kiara passou a maior parte do tempo falando sobre a festa da noite anterior, e em como um cara chamado Dan ficou interessado em saber mais sobre Kate. Não sei porque, mas aquilo meio que me incomodou um pouco, a Kate não é o tipo de garota para esses babacas de faculdade. Ela é gentil, doce e não como a maioria das outra garotas.

- Chegamos! - falei.

- Maravilha! Vamos, Kate. Tem algumas pessoas que você precisa conhecer.

E dizendo isso, Kiara e a amiga sumiram casa a dentro.

A mansão dos Bass era algo digno de cinema. Um imenso jardim nos recebia logo que entrávamos pelos portões de aço. Greg, o jardineiro, sempre fez um ótimo trabalho cuidando da imensidão verde que rodeava a casa. A enorme construção branca era simples e sofisticada. Apesar de terem muito dinheiro, os Bass não faziam esbanjavam o dinheiro com casas luxuosas. Buscavam sempre viver confortavelmente e não me deixaram faltar nada.
O lugar estava cheio e um cheiro maravilhoso de comida caseira se espalhava pelo ar. Eram tios, tias, primos e suas respectivas esposas ou noivas, espalhados aleatoriamente pela sala. Meu pai ainda não havia chegado, estava resolvendo um caso e se atrasaria para aquele almoço. De canto de olho, vi quando Nate se aproximava de mim.