The Comeback

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Viúva Negra

   
    A porta atrás de mim se fechou, com uma forte batida. Me joguei contra ela, virando maçaneta, mas nada.

    Contagem de auto-destruição, trinta segundos.

     Arregalei os olhos e respirei fundo, tentando me acalmar. Notei um pendrive surrado jogado ao chão e peguei-o.

      — Wade! —Gritei, batendo na porta, mas não obtive nenhuma resposta.

    
     A porta não era de madeira como aparentava. Me distanciei e observava a porta.

     Auto-destruição, sem saídas... Já passei por isso antes.

      Olhei para cima e notei que o teto estava sem nenhuma proteção. Sorri com a ideia brilhante que tive.

       Peguei um cartucho explosivo e o joguei para cima, dando uns passos para trás e tapando meu rosto com o braço, mas mesmo assim uma quantidade de poeira caiu em meu rosto.

    Lancei minha corda de escalada, e me balancei de um lado para o outro da sala para ter embalo e fui arrastada pra cima. Caí com tudo no chão e suspirei com raiva.

     — Essa casa tinha mesmo que ter dois andares!? — Revirei os olhos me levantando depressa.

    Ia tentar a mesma fórmula que tentei antes, mas o teto era bastante alto, era bem provável que o cartucho voltasse — Eu não preciso de duas explosões, sério.

     Virei a cabeça e vi uma janela que estava prestes a se fechar, saltei de ponta sobre ela, aterrissando no chão com uma cambalhota. Corri o máximo que pude, mas fui atingida pelo impacto da explosão, que me jogou á alguns metros de distância.

     Fui jogada em um gramado de uma típica casa American Dream. Rolei sobre a terra até que parei. Minhas costas doíam e eu notava alguns ralados no rosto e em outras partes do corpo.

     Me levantei enquanto sentia algumas dores, olhei ao redor e vi Deadpool vindo á meu rumo com passos desajeitados, comendo um hot dog.

    — O que ta fazendo!? — Perguntei brava.

    — Comendo, ué — Respondeu, com a boca cheia.

    — ENQUANTO EU ESTAVA PRESA EM UMA MANSÃO COM UMA BOMBA DENTRO!? — Interroguei-o, elevando o tom de voz.

    — Algum problema? — Perguntou-me, tombando a cabeça para o lado.

    Respire fundo... Conte até dez... Ah, que se dane!

   Tirei minha 9mm do meu coldre e dei um tiro em seu rosto, espalhando miolos e sangue por toda a calçada.

    Seu corpo se reestruturava, reconstruindo-se com uma certa velocidade.

    — Precisa mesmo fazer isso sempre que se irritar comigo? — Irritou-se, jogando o Hot dog sujo de miolos e sangue no chão.

     Dei de ombros em resposta.

                               ...

     — Tudo bem se pararmos aqui?  — Perguntei, apontando para um bar pela janela do carro.

     — Claro. — Respondeu o motorista.

     — Wade... Você me da cobertura! Fique fora do carro e fora de encrenca! — Ordenei, pegando meu notebook, saindo e batendo a porta do carro enquanto ele fazia um pedido á mi, que eu não iria atender.

   
     Me sentei em um sofá booth. Uma atendente estranha me perguntou o que eu queria.

     — Um café, por favor. E uma caneta, se não for incômodo— Respondi. Ela bufou e fez cara de entediada, se retirando.

     Abri o notebook, inseri o pendrive e esperei um pouco até que os seus arquivos fossem expostos.

      Me deparei com diversos arquivos, fotos, etc.

      A primeira imagem que abri tinha o meu símbolo: A ampulheta. A segunda, uma foto de Enrico abraçado com James em uma reunião. A terceira, fotos do testamento do Enrico. Deixando toda sua fortuna, empresa e qualquer outros tipos de bens para James.

     Abri mais algumas pastas e vi um vídeo de Yelena Belova lutando contra Enrico. A luta parecia estar equilibrada até que Enrico a pegou pelo pescoço e a lançou no chão em uma mesa de vidro, fazendo cacos dilacerarem pelo chão junto á seu sangue.

     Yelena, da próxima vez que tentar matar James, não irei fazer o serviço... Ele vai! E ele não vai te deixar sair com vida. — Afirmou Enrico, dando uns tapinhas no ombro, limpando seu paletó marrom.

     — O que te faz pensar que eu tenho medo daquele imbecil!? — Limpou o sangue da boca com as costas da mão enquanto olhava com fúria para Enrico.

     — Vá atrás dele e descubra por si só. — Saiu da sala após isso.

    

     Então era ela... Yelena. Yelena querendo roubar o lugar de James por direito.
 

    Abri mais uma pasta, me dando um link secreto para um site misterioso. Mostrando a localização exata de Yelena. A resposta era: Hospital! Hospital?

    A mulher me trouxe a caneta e o café. Tirei um papel do bolso do meu sobretudo e escrevi um recado, o grudando debaixo do banco. Deixei o dinheiro na mesa, fechei o notebook e corri para o carro.

    — Hospital da Shield! Rápido! — Ordenei.

    O carro cantou pneu e foi em uma velocidade assustadora rumo á Shield.

     — O que foi? Ta doente, gata? — Perguntou Wade sem entender nada.

     — Não... Uma super missão, e é bom se preparar! — Respondi.

    Por que ela estaria indo á um hospital?

 
    — Vira pra lá! — Ordenei á Wade, enquanto tirava minha roupa de cima, vestindo meu uniforme que estava jogado á meu lado.

     Ele se virou, mas estava espiando.

                              ...
    

    Chegamos á Shield e eu entrei literalmente correndo.

     — Sai da frente! — Dizia, empurrando os agentes que ficavam em meu caminho.

      — Gata, me espera! — Gritou Wade atrás de mim, tentando me acompanhar.

      Corri até chegar no andar hospitalar. Olhava ao redor, mas não conseguia ver nada suspeito.

      Olhei novamente e vi uma mulher loira com um rabo de cavalo e uma máscara descartável, usando uma roupa de enfermeira. Ela colocou o dedo indicador no rumos dos lábios, sinalizando um "shhh" e entrou.

     Arregalei os olhos e me direcionei correndo até o quarto. Quando entrei, a vi com uma seringa, injetando algo no corpo da Clary, filha da Feiticeira Escarlate e Visão, que até então estava em coma.

     — Chegou tarde, Natalia. — Anunciou com seu tom russo.

     Arregalei os olhos ao ver Clary se mexendo.

      Ela se sentou e abriu os olhos, que tinham as pupilas dilatadas que em breve sumiam, ocupando um tom rosa.

      Tudo flutuava no quarto, exceto Yelena e eu.

     — Boa sorte. — Saiu, rindo maliciosamente.

     Clary ergueu a mão para mim, me lançando contra a parede com tanta força que ela se quebrou, me jogando em outro quarto.

          

   

   

Viúva Negra: Passeio NoturnoOnde histórias criam vida. Descubra agora