Viúva Negra vs Viúva Negra

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Natasha Romanoff/Viúva Negra

     Me levantei com dificuldades, tudo no quarto levitava com um brilho estranho ao redor.

       — Fala...sério... — Falei, revirando os olhos enquanto minha respiração se mantinha pesada.

       Seus olhos e mãos irradiavam um tom rosa choque assustador. Seus fios balançavam de um lado para o outro com agressividade.

      Ergueu a mão direita para um leito de hospital e o jogou em mim que vinha numa velocidade indesviável até para mim, mas antes que me acertasse em cheio, ele parou, pois uma energia vermelha competia com a rosa no meo daquele alvoroço.

       Direcionei meu olhar à entrada e vi Wanda, segurando o leito com seus poderes.

       — Vai. Eu limpo a bagunça. — Falou enquanto confrontava a filha.

     Assenti e saí pela porta, correndo pelos corredores extensos da Shield.

      Por onde passava, via agentes mortos ou derrubados.

       Virei um corredor, depois outro, e outro. Ela entrou no elevador, e quanto estava prestes a entrar, as portas duplas se fecham.

        Se concentre Natasha.

         Segurei aonde as duas portas se encontravam e as abri, vendo a cabine já embaixo, me joguei nos cabos de aço.

         Pousei na cabine e chegando no subteto, arranquei uma placa e pulei pra dentro do compartimento, assustando Yelena.

         — Vai descer, ou vai subir? — Perguntei, sorrindo, com uma atuação natural.
        Dei uma joelhada em seu abdômen, agarrei seus cabelos e esfreguei seu rosto na campainha, mostrando uma enorme confusão entre subida e descida.

        Ela revidou dando uma cotovelada em meu rosto, me fazendo afastar. Eletrizei minhas pulseiras e tentei golpeá-la, mas com um reflexo, ela segurou meu antebraço, rodando-o, o que me fez cair no chão com um salto mortal. O elevador se movia para o alto, e as pernas dela bambearam com o movimento.

        Me levantei com um salto, sem precisar das mãos. Segurei sua nuca e levei sua cabeça até meu joelho, depois enrolei meu braço direito em seu pescoço e me apoiei com as duas pernas nas suas paredes, mas ela me empurrou, me fazendo bater com tudo em um dos lados.

         — Depois dizem que você é a melhor Viúva Negra. — Comentou, enquanto tirava uns fios do rosto.
         Me levantei com apoio de uma barra de metal.
        — Uma pena que ninguém nunca deu esse título à você, entendo sua revolta. —Rebati com um tom irônico, limpando uma gota de sangue que escorria da minha boca.

         Pulei com o corpo encolhido, aterrissando com meus pés em sua nuca. Me levantei, saindo do elevador que se movia.

         — Quer mesmo morrer, Naty. — Gargalhou de modo maléfico.
        Logo após, ela saltou alto o suficiente para alcançar a abertura do teto, saindo do elevador também. Trocamos alguns socos e golpes enquanto ele ia pra cima e pra baixo.

        Ela se aproximou da abertura que eu fiz nas portas do elevador e saltou sobre ela, soltando os cabos em seguida com pequenas bombas que tinha implantado enquanto lutavamos.

        A cabine caía, mas num movimento rápido, lancei minha corda de escalada que vinha da pulseira. E em questão de poucos segundos estava em um escritório com Yelena.

       — Vou aca... —Antes que ela terminasse sua frase, o prédio tremeu, nos jogando com força no chão. Estava tudo sendo derrubado, tudo iria cair logo mais, pois os raios provenientes dos poderes de Clary e Wanda, brilhavam ao nosso redor.

      Vi uma janela aberta, estava muito alto do chão, mas era minha única saída. Tentei chegar até ela, mas fui surpreendida com algo se enrolando em meus pés.

         Equipamentos de fibras de aço para prender. Merda

         — Eu te matei, o próximo é seu filho! — Riu de modo maléfico e saltou da janela. Não havia nada que eu pudesse fazer. Meus tornozelos doíam e o peso de várias noites caía em meus ombros em forma de cansaço.

      — Naty! — Ouvi o grito vindo da escadaria. Clint...

        Ele veio até mim, correndo, tirando a fibra com uma de suas flechas.

         — Está tudo bem? — Me perguntou.

         — Não! A gente tem que ir atrás dela! — Respondi, me levantando com dificuldade.

         — Yelena! — Me levantei, indo em direção a janela.

          — Ela está viva!? E está aqui!? — Arregalou os olhos, surpreso.
          Confirmei, assentindo com a cabeça.

          Uma figura surgia em nosso campo de visão. Intangível, vindo do chão.

          — Vim salva-los. Andemos logo com isso.  — Anunciou Visão, com o tom de voz frio e impaciente.


       

Viúva Negra: Passeio NoturnoOnde histórias criam vida. Descubra agora